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Coligação PSD/CDS vai ter órgãos de coordenação política

A proposta de coligação entre PSD e CDS prevê a criação de “órgãos próprios de coordenação política”, o que indicia que, desta vez, o conselho de coordenação da coligação será uma prioridade para dirimir eventuais conflitos internos.

Miguel Baltazar
29 de Abril de 2015 às 23:06
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O documento submetido ao Conselho Nacional do PSD especifica que a coligação com o CDS para as eleições legislativas vai incluir a criação de "órgãos próprios de coordenação política". Não são dados detalhes, que serão incluídos num "documento autónomo", mas o documento mostra que a maioria já antecipa a criação de um órgão que possa resolver as tensões internas. Por outro lado, abre-se a possibilidade de apoiar um candidato comum para as eleições presidenciais antes das legislativas.

 

Recorde-se que, após o episódio da tentativa de subir a taxa social única aos trabalhadores, em 2012, que Portas rejeitou, foi criado, pelo PSD e pelo CDS, o conselho de coordenação da coligação, para "melhorar os níveis de articulação entre as direcções dos Partidos, os Grupos Parlamentares e o Governo". Ao incluir intenção semelhante na proposta de coligação que foi submetida aos conselheiros do PSD, fica claro que essa será uma preocupação dos dois partidos para evitar episódios de ruptura.

 

A proposta de coligação, a que o Negócios teve acesso e que está a ser discutida pelos conselheiros nacionais do PSD, tem oito pontos e reafirma que as listas conjuntas para as legislativas vão fazer a "transposição dos resultados em cada círculo eleitoral nas eleições legislativas de 2011, atendendo à lei da paridade e promovendo a inclusão de figuras independentes". Será assim que se vai fazer a "ordenação dos candidatos de cada um dos partidos". Esse cenário já tinha sido definido no documento conjunto assinado por Passos Coelho e Paulo Portas a 25 de Abril.

 

Porém, há uma evolução face a esse documento conjunto. Nesse documento, antecipava-se que os dois partidos iriam ter o "necessário diálogo para que, depois das eleições legislativas" se apoiasse "um candidato presidencial". Ora, agora, esse diálogo terá de ocorrer "preferencialmente antes das eleições legislativas" para se apoiar um "candidato comum". Parece abrir-se a porta à possibilidade de apoiar um candidato ainda antes das legislativas.

 

Por outro lado, "a coligação assentará num conjunto de linhas programáticas" que terão como base "o trabalho já realizado por cada um dos partidos", que serão abertos a "contributos da sociedade portuguesa" e "tendo em consideração as obrigações europeias que vinculam o Estado português" – nomeadamente o Tratado Orçamental e os "compromissos estabelecidos" no Programa Nacional de Reformas e no Programa de Estabilidade, ambos enviados para Bruxelas.

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