Os ministérios da Administração Interna, Segurança Social, Negócios Estrangeiros, Saúde e Educação vão estar envolvidos na organização da chegada e do acolhimento dos 1.500 refugiados que Portugal vai receber. A informação é avançada pelo Diário de Notícias, que teve acesso a um projecto de despacho que também envolve o Alto-Comissariado para as Migrações.

A chegada destes migrantes que estão agora em centros de acolhimento de França e Itália não vai acontecer antes de Outubro, segundo confirmou ao jornal a porta-voz oficial da Comissão Europeia para os Assuntos Internos e Migrações. O Ministério da Administração Interna "está á espera que a UE indique quando vêm os migrantes e qual o seu perfil", para adaptar a organização logística, acrescenta uma fonte do MAI.

A UE financia o processo de acolhimento a uma média de seis mil euros por cada migrante recebido. A maioria dos refugiados que virão para Portugal são quadros médios originários da Síria.

As autoridades não esperam que Portugal venha a receber um fluxo elevado de refugiados, além destes 1.500 pessoas. "Estamos no fim da linha. Tinha de haver uma movimentação brutal de pessoas, esgotar todos os países para chegar aqui", justifica uma fonte. Há, no entanto, um plano de contingência para lidar com essa possibilidade, que segundo explica o jornal "prevê, no extremo, o encerramento das fronteiras e o reforço do SEF com a GNR e a PSP".