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Frontex encontra embarcação no Mediterrâneo com 50 cadáveres, mas salva 400 pessoas

Um navio sueco encontrou ao largo do mar líbio, no Mediterrâneo, uma embarcação onde se encontravam 50 migrantes mortos. Ainda assim, a unidade ao serviço da operação da Frontex conseguiu salvar 400 migrantes.

Reuters
26 de Agosto de 2015 às 16:20
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Já não é novidade, tal o ritmo a que se sucedem. Mas esta quarta-feira, 26 de Agosto, foram registadas novas tragédias no Mar Mediterrâneo, em especial ao largo do mar líbio, onde um navio sueco encontrou uma embarcação que transportava 50 migrantes mortos. A causa da morte dever-se-á, segundo avança a imprensa italiana, à exalação de gases provenientes do motor da embarcação.

 

A unidade sueca que operava ao abrigo da operação de vigilância e salvamento da Frontex, agência responsável pelo controlo das fronteiras externas europeias, conseguiu, porém, resgatar cerca de 400 migrantes vivos. O navio sueco já transportava cerca de 130 migrantes que haviam sido resgatados pouco tempo antes, não se sabendo ainda qual o porto italiano onde estes migrantes poderão desembarcar.

 

Também esta quarta-feira, chegou a Catania um navio militar croata, o Andrija Mohorovicic, com 218 migrantes a bordo, entre os quais várias mulheres e crianças, escreve o Corriere della Sera.

 

A vaga de migrantes que tentam chegar a solo europeu, proveniente do norte de África, da África Subsariana e do Médio Oriente, não para de aumentar nos últimos meses. Passa-se o mesmo com o número de pessoas que morrem durante o processo de tentativa de chegada à Europa, em especial no Mediterrâneo. Ainda ontem a Organização Internacional das Migrações (OIM) reportava uma actualização de dados que aponta para 2.373 mortes no Mediterrâneo apenas em 2015, número que compara com os 2.081 mortos que se registavam à mesma data de 2014. Ao longo dos últimos 365 dias (contabilizados até à última terça-feira, 25 de Agosto), a OIM registou que 3.573 migrantes morreram na tentativa de chegar, via Mediterrâneo, às fronteiras da Itália, Grécia e Espanha, o que corresponde a uma média de quase 10 mortos por dia.

 

A esta calamidade devem ainda juntar-se as largas centenas de migrantes que morrem ainda no continente africano durante as jornadas empreendidas com o objectivo de chegar ao "el dorado" europeu. Também não podem ser negligenciados os focos de tensão e as mortes que ocorrem actualmente em pontos de conflito como Calais, no noroeste de França, na Macedónia ou na Hungria. As autoridades húngaras contabilizam já em cerca de 120 migrantes que em 2015 cruzaram a fronteira da Sérvia com a Hungria, em direcção à União Europeia.

 

Esta quarta-feira, o governo húngaro liderado por Viktor Orbán, que há cerca de dois meses iniciou a construção de um muro na fronteira com a Sérvia, para impedir o fluxo de migrantes, anunciou a pretensão de mobilizar militares para a referida fronteira afim de controlar o fenómeno.

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