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Dirigente da Frontex diz que há dinheiro, mas faltam meios

O número dois da agência responsável pelo controlo das fronteiras externas europeias considera que apesar de este organismo ter "muito dinheiro", não dispõe dos meios necessários a enfrentar a crise migratória que assola a Europa.

Reuters
12 de Agosto de 2015 às 13:07
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O director adjunto da Agência Europeia de Controlo de Fronteiras (Frontex), Gil Arias, disse hoje que este organismo tem "muito dinheiro", mas não tem meios para poder enfrentar o fenómeno da imigração, como aviões ou guardas fronteiriços.

Gil Arias, que denunciou ainda a "incapacidade das autoridades gregas" face à avalanche de imigrantes que chegam às suas ilhas, apelou aos estados europeus para que "disponibilizem os meios com que comprometerem" para travar os fluxos migratórios no Mediterrâneo.

Numa entrevista à rádio espanhola RNE, o responsável da agência considerou que a capacidade de acolhimento das autoridades gregas foi ultrapassada, face aos 130.000 imigrantes que chegaram este ano ao país, admitindo que "lamentavelmente pode haver mais distúrbios" porque a situação "é absolutamente caótica".

"A política e a situação crítica da Grécia tem uma influência nesse fluxo enorme que recebe", disse Arias, recordando que só em Julho chegaram 50 mil imigrantes, mais do que em todo o ano de 2014.

"A política e a situação crítica da Grécia influenciam o enorme fluxo que recebem nas ilhas ", disse Arias, assinalando que, apenas em Julho, chegaram à Grécia cerca de 50.000 imigrantes, um número maior do que o total registado ao longo de 2014.

Aos imigrantes e refugiados "dão-lhes um papelinho para apresentarem em Atenas e ser registados, mas com esse papel circulam à vontade: alguns chegam a ir a esse gabinete onde existem problemas para serem registados e outros continuam o seu caminho através dos Balcãs para o resto da União Europeia".

Gil Arias afirmou que há uma relação entre a máfia e terrorismo no caso da Líbia "porque parte do dinheiro que as máfias cobram aos imigrantes destina-se a financiar o 'jihadismo' " e denunciou a brutalidade com que actuam os traficantes de imigrantes.
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