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UE adopta “acção conjunta” para resolver crise no Mediterrâneo

O encontro dos ministros dos Estrangeiros e do Interior da UE resultou na adopção de uma “acção conjunta” para enfrentar a crise no Mediterrâneo. Bruxelas vai promover um “Governo de unidade nacional” na Líbia “porque sabemos perfeitamente que o fluxo de migração passa essencialmente” por aquele país. Vai ainda reforçar em termos financeiros e de meios as operações de patrulha no Mediterrâneo.

Reuters
20 de Abril de 2015 às 18:36
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A União Europeia (UE) garante que não deixará a crise no Mediterrâneo para ser resolvida de forma individual pelos Estados. Como tal, irá adoptar uma "acção conjunta" tendo por base um plano de dez pontos.

 

"Temos de actuar rapidamente e de forma una", começou por declarar Federica Mogherini (na foto), Alta Representante para a Política Externa e de Segurança da união.

 

É este o resultado mais imediato da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros e do Interior da UE que teve lugar esta segunda-feira em Bruxelas. Já o Conselho Europeu pedido com carácter de urgência pelo primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, foi entretanto agendado para quinta-feira, 23 de Abril.

 

Mogherini anunciou que Bruxelas irá reforçar os programas de patrulhamento Triton e Poseidon, ao nível financeiro e dos meios técnicos. O mesmo relativamente à Frontex, a agência europeia responsável pelo controlo das fronteiras exteriores.

 

Será ainda reforçada a luta contra o tráfico de seres humanos, através de medidas como a destruição de meios com embarcações utilizadas pelos traficantes ou mediante o reforço da "intelligence" utilizada na investigação ao modus operandi dos traficantes.

 

Outra das decisões, paralela ao plano de dez pontos anunciados, e apesar de ainda ter um carácter informal, passa pela adopção de medidas tendentes à promoção e formação de um governo de unidade nacional na Líbia. "Porque sabemos perfeitamente que o fluxo de migração passa essencialmente" pela Líbia, explicou a italiana Mogherini.

 

Matteo Renzi reiterou este domingo o pedido aos restantes parceiros europeus para que não deixem a resolução da crise no Mediterrâneo apenas a cargo de Itália. Este pedido surgiu na sequência da tragédia que na madrugada de domingo provocou a morte a cerca de 700 a 900 migrantes que pretendiam atravessar o Mar Mediterrâneo com o objectivo de chegar a solo europeu. 

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