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Caixa Geral de Depósitos com novo lucro recorde: 1,7 mil milhões em 2024
O banco público atingiu um resultado líquido histórico em 2024, elevando ainda mais o recorde atingido no ano anterior. Vai entregar ao Estado 850 milhões de euros em dividendos.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresentou um lucro de 1,74 mil milhões de euros em 2024. É um máximo histórico que eleva em 34% os 1,29 mil milhões obtidos em 2023.
"Um forte crescimento do volume de negócios", esclareceu o CEO do banco público. Na apresentação dos resultados, Paulo Macedo vincou também um "forte crescimento no crédito".
No ano passado a Caixa entregou ao Estado um total de 1,7 mil milhões de euros: 825 milhões em dividendos, 840 milhões em IRC e 44 milhões em custos regulatórios.
Desde 2018, a Caixa já entregou aos cofres públicos um total de 4,3 mil milhões de euros, entre dividendos e impostos.
As comissões seguiram em sentido inverso: uma subida residual, de 565 para 581 milhões de euros.
Paulo Macedo explicou que o facto de o resultado ter aumentado apesar da redução da margem tem como explicação um conjunto de fatores. "Temos mais volume de crédito, o que compensou esta descida", explicou o presidente da comissão executiva do banco público. As operações financeiras, a "contenção nos custos de estrutura" e a redução das imparidades em operações de crédito também contribuíram.
O volume de negócios consolidado atingiu 165 mil milhões de euros, após ter crescido 6%. Em Portugal o aumento foi de 5%, alcançando 146 mil milhões de euros.
A carteira de crédito da CGD atingiu 47,6 mil milhões de euros em 2024, após um crescimento de 2,3 mil milhões face ao ano anterior. O aumento teve o contributo de todos os segmentos, com o crédito à habitação a aumentar mil milhões de euros - mais 3,9% - atingindo 25,5 mil milhões. O crédito ao consumo subiu 8,5%. O volume de empréstimos a empresas teve uma evolução positiva de 6,2%.
O volume de depósitos em Portugal subiu 7,5%, de 70 mil milhões para 75 mil milhões de euros. Deste valor, 79% é de particulares e 17% pertence a empresas, sendo os restantes 4% depósitos de institucionais.