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UE alarga abrangência das sanções aplicadas à Coreia do Norte

A União Europeia alargou as sanções contra a Coreia do Norte a mais 16 cidadãos e 12 empresas daquele país. Já o regime norte-coreano garante estar preparado para utilizar armamento nuclear a "qualquer momento".

Alta Representante da UE para a política externa, Federica Mogherini
Reuters
04 de Março de 2016 às 19:20
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As sanções europeias que pendem sobre a Coreia do Norte foram alargadas esta sexta-feira, 4 de Março. A União Europeia (UE) anunciou hoje que adicionou 16 cidadãos e 12 empresas da Coreia do Norte, uma resposta às acções desafiadoras que Pyongyang insiste levar a cabo.

 

A decisão de Bruxelas já tinha sido pré-anunciada na passada quinta-feira por Federica Mogherini, Alta Representante para a Política Externa e de Segurança da UE, que garantia haver "margem" para "adoptar medidas restritivas autónomas adicionais para complementar e reforçar as novas medidas das Nações Unidas".

 

Isto depois de na quarta-feira o Conselho de Segurança das Nações Unidas ter aprovado, por unanimidade, o agravar das sanções contra a Coreia do Norte, e que constitui um dos mais pesados pacotes de sanções alguma vez impostos a um país.

 

O Conselho Europeu esclareceu esta sexta-feira que esta extensão das sanções resulta da transposição do novo pacote de medidas decidido pelas Nações Unidas. Desde 2006 que a UE mantém em vigor sanções à Coreia do Norte devido à prossecução do programa de armamento nuclear seguido por Pyongyang.

 

Todavia, apesar de todas estas movimentações da comunidade internacional, o regime norte-coreano liderado por Kim Jong-un mantém-se firme na intenção de continuar o caminho até aqui seguido. E ao final do dia da passada quinta-feira Kim Jong-un deu indicações às chefias militares do país para que estejam preparadas para a "qualquer momento" recorrerem ao uso de força nuclear como forma de "ataque preventivo" perante as crescentes ameaças ao país.

 

Este endurecer da posição de Pyongyang acontece já depois de, em resposta à última decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o regime norte-coreano ter feito um novo lançamento de mísseis que se pensa serem de curto-alcance.

 

Apesar de no início de Janeiro a Coreia do Norte ter afiançado que concluíra, com sucesso, o primeiro teste com uma bomba de hidrogénio (bomba H), a comunidade internacional questionou a real capacidade de Pyongyang para deter a sofisticação necessária à construção e posse deste tipo de armamento.

 

E se os Estados Unidos, que garantem estar a "monitorizar" a situação, mantêm a minimização do real risco de Pyingyang dispor já de um arsenal nuclear, a Rússia revelou esta sexta-feira uma "verdadeira preocupação" face ao estado de prontidão para o recurso a armamento nuclear decretado pelas instâncias militares norte-coreanas.

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