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Coreia do Norte condena estudante americano a 15 anos de trabalhos forçados
Um estudante norte-americano foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados pela Coreia do Norte. Otto Frederick Warmbier, de 21 anos, tentou roubar um cartaz de propaganda política do país.
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Otto Frederick Warmbier, estudante norte-americano de 21 anos, tentou roubar um cartaz de propaganda política do hotel onde estava hospedado na Coreia do Norte e foi condenado a uma pena de 15 anos de trabalhos forçados, avançou esta quarta-feira, 16 de Março, a agência noticiosa chinesa Xinhua e a japonesa Kyodo.
O jovem admitiu o roubo do cartaz, mas as agências dizem que a confissão pode ter sido forçada pelas autoridades norte-coreanas. O Supremo Tribunal do país declarou o estudante como culpado de "crimes contra o Estado" e de ter perpetrado um "acto hostil" para com o país.
Otto Frederick Warmbier, da Universidade da Virgínia, entrou na Coreia do Norte como turista e foi preso no início de Janeiro, quando se preparava para abandonar o país em direcção à China.
A imprensa asiática diz que no passado dia 29 de Fevereiro, o regime norte-coreano tinha publicado vários vídeos em que o jovem norte-americano confessava a culpa, dizendo que este tinha sido "o pior erro" da sua vida e pedindo que o libertassem.
Segundo a sua explicação, actuou por ordem de uma igreja protestante de Ohio que tinha como objectivo "prejudicar a motivação e o trabalho do povo norte-coreano" com a conivência da agência de segurança dos Estados Unidos CIA e do governo americano.
O jovem disse ainda que, caso fosse preso, a igreja do Ohio compensaria com 200 mil dólares (180 mil euros) a sua família, que estaria a passar por "graves dificuldades económicas".
A sentença de Otto Warmbier acontece numa altura em que as relações entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos da América estão mais tensas com novas sanções impostas pelas Nações Unidas ao regime de Kim Jong-un.
O jornal El País revela que este é o terceiro cidadão estrangeiro preso na Coreia do Norte por "actos hostis". Hyeon Soo Lim, cidadão canadiano de origem sul-coreana, foi condenado a trabalhos forçados para o resto da vida por desordem e o norte-americano também com origem sul-coreana Kim Dong Chul está à espera da decisão do juiz depois de ter sido acusado de espionagem.