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Governo condena lançamento com "tecnologia míssil" feito pela Coreia do Norte

O Ministério dos Negócios Estrangeiros considera que a iniciativa viola as obrigações internacionais definidas em diversas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Miguel Baltazar/Negócios
08 de Fevereiro de 2016 às 12:23
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O Governo português condenou esta segunda-feira, 8 de Fevereiro, em comunicado, o lançamento de um foguetão pela República Popular da Coreia. 

"O Governo português condena o lançamento, utilizando tecnologia míssil balística, realizado pela República Democrática Popular da Coreia, por consubstanciar uma violação das obrigações internacionais definidas em diversas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e por agravar as tensões já existentes na Península Coreana", lê-se no comunicado divulgado esta segunda-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

 

"O Governo português apela à Coreia do Norte a pôr termo a todas as acções e programas desta natureza, por serem prejudiciais à paz e estabilidade regional, e a retomar com urgência o diálogo com a Comunidade Internacional", acrescenta um comunicado.

Este domingo, a União Europeia, a Nato, a Alemanha e a Itália condenaram a iniciativa da Coreia do Norte, que anunciou ter lançado um foguetão de longo alcance às 9:00 locais (0:30 em Lisboa). Peritos da Coreia do Sul acreditam que possa ter um alcance de mais de 10 mil quilómetros, distância superior à que separa a península coreana dos Estados Unidos.

O secretário-geral da Nato, Jens Stoltenberg, "condenou firmemente" este lançamento pela Coreia do Norte e convidou Pyongyang a pôr fim às acções "provocadoras".

"Condeno firmemente o lançamento pela Coreia do Norte de um míssil utilizando a tecnologia de mísseis balísticos e que se segue aos testes de armas nucleares da Coreia do Norte a 6 de Janeiro", declarou Jens Stoltenberg num comunicado citado pelas agência de notícias, onde sublinhou que o lançamento viola de forma directa cinco resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"A Nato continua a apelar às autoridades norte-coreanas para se submeterem às suas obrigações no âmbito da lei internacional, a não (...) conduzirem novos lançamentos com recurso a tecnologia de mísseis balísticos e a absterem-se de qualquer outra nova acção provocadora", afirmou, no comunicado.

No início de Janeiro, Pyongyang realizou um teste nuclear e anunciou na semana passada o lançamento, este mês, de um foguetão transportando um satélite, que a maioria da comunidade internacional vê como uma dissimulação para um teste de mísseis balísticos que viola resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos decidiram entretanto negociar a instalação de um sistema antímísseis norte-americano na península coreana, iniciativa que tem a oposição da China.

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