Notícia
Sindicatos exigem publicação de 400 acordos que prevêem as 35 horas
A posição é assumida pelo SINTAP depois de o Tribunal Constitucional ter chumbado a norma que dava poderes ao Governo para celebrar e assinar acordos colectivos das autarquias.
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A posição é assumida depois de o Tribunal Constitucional ter declarado inconstitucional a norma que dava ao Governo poderes para celebrar e assinar estes acordos de entidade empregadora pública. Na prática, foi esta competência que travou a publicação dos acordos, que começaram a ser assinados pouco depois do aumento do horário de trabalho de 35 horas para 40 horas, há dois anos.
"A FESAP espera que esta decisão do TC possa representar um passo decisivo na revogação da legislação que impôs o aumento, não remunerado, do horário de trabalho da Administração Pública de 35 para 40 horas semanais, de modo a ser restabelecida a justiça para todos os trabalhadores da Administração Pública Central, Regional e Local", acrescenta.
O Tribunal Constitucional chumbou a norma que dá aos membros do Governo poder para interferir nos acordos colectivos das autarquias, por considerar que esta norma da Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas viola o princípio da autonomia local. O pedido de fiscalização sucessiva tinha sido feito pelo Provedor de Justiça.
"O Tribunal Constitucional declara a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, das normas que conferem aos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da administração pública legitimidade para celebrar e assinar acordos colectivos de empregador público, no âmbito da administração autárquica" por "violação do princípio da autonomia local", lê-se no acórdão que fundamenta a decisão desta quarta-feira, 7 de Outubro.