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Vice-chanceler alemão diz que "há pouco tempo" para tomar decisões sobre a Grécia

Sigmar Gabriel diz esperar que todos os que têm responsabilidade política, incluindo na Grécia, usem "o pouco tempo que resta para tomar decisões".

Negócios 01 de Junho de 2015 às 18:03
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O vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, disse nesta segunda-feira esperar que seja possível alcançar em breve um acordo entre a troika e a Grécia.  "Acredito que todas as propostas estão agora sobre a mesa e só podemos esperar que quem tem responsabilidade política, incluindo quem tem responsabilidade na Grécia, use o pouco tempo que ainda resta para tomar decisões", disse o também líder do SPD em Berlim.
 

Já esta manhã, a Comissão Europeia voltara a pedir à Grécia para que passe das palavras aos actos de modo a que seja possível acelerar as negociações com os parceiros internacionais. O apelo da Comissão Europeia acontece depois de Alexis Tsipras ter escrito um artigo de opinião a acusar as instituições internacionais de tentarem impor "propostas absurdas" ao seu Governo.

Em resposta, Bruxelas veio pedir a Atenas para colocar reformas em cima da mesa de negociações. "Mais do que artigos de opinião, o que interessa são medidas concretas", disse a porta-voz de Jean-Claude Juncker esta segunda-feira, 1 de Junho.

Em artigo de opinião publicado no domingo no jornal francês Le Monde, Alexis Tsipras escreveu que a falta de acordo para a Grécia deve-se à "insistência de certos actores institucionais em submeterem propostas absurdas ao demonstrarem uma indiferença total à recente escolha democrática do povo grego".

Neste momento, mantém-se o impasse em relação a um acordo para a Grécia com os credores internacionais. Atenas vai ter de reembolsar o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 1,6 mil milhões de euros durante o mês de Junho, com a primeira tranche de 300 milhões de euros a ter de ser desembolsada esta sexta-feira.

Sobre a urgência de ser fechado um acordo para a Grécia, a porta-voz defende que o "prazo final é o final de Junho, que é quando o programa actual termina formalmente".

Mina Andreeva sublinhou que um acordo com a Grécia ainda não está na calha. "Ainda não estamos lá", disse, em relação ao progresso nas negociações. 

Em entrevista hoje ao jornal alemão Suddeutsche Zeitung, o presidente da Comissão Europeia considera que é "desejável, mas não indispensável" que seja alcançado um acordo entre a Grécia e as instituições antes do encontro dos sete países mais ricos do mundo, o G-7, que vai ter lugar a 7 de Junho.


Questionado sobre os moldes de um terceiro resgate à Grécia, Jean-Claude Juncker disse a que o FMI deverá continuar a colaborar com as instituições europeias nos resgates europeus, mas que o modelo de participação está ainda a ser discutido.

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