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Depois das críticas de Tsipras, Bruxelas pede "medidas concretas" à Grécia

A Comissão Europeia veio pedir a Atenas para passar à prática, depois do primeiro-ministro grego acusar as instituições internacionais de tentarem impor "propostas absurdas". Bruxelas aponta que o prazo final para a Grécia é o final de Junho.

Reuters
01 de Junho de 2015 às 13:41
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Bruxelas quer que a Grécia passe das palavras às acções para acelerar as negociações com os parceiros internacionais. O apelo da Comissão Europeia acontece depois de Alexis Tsipras ter escrito um artigo de opinião a acusar as instituições internacionais de tentarem impor "propostas absurdas" ao seu Governo.

Em resposta, Bruxelas veio pedir a Atenas para colocar reformas em cima da mesa de negociações. "Mais do que artigos de opinião, o que interessa são medidas concretas", disse a porta-voz de Jean-Claude Juncker esta segunda-feira, 1 de Junho.

Em artigo de opinião publicado no domingo no jornal francês Le Monde, Alexis Tsipras escreveu que a falta de acordo para a Grécia deve-se à "insistência de certos actores institucionais em submeterem propostas absurdas ao demonstrarem uma indiferença total à recente escolha democrática do povo grego".

Neste momento, mantém-se o impasse em relação a um acordo para a Grécia com os credores internacionais. Atenas vai ter de reembolsar o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 1,6 mil milhões de euros durante o mês de Junho, com a primeira tranche de 300 milhões de euros a ter de ser desembolsada esta sexta-feira.

Sobre a urgência de ser fechado um acordo para a Grécia, a porta-voz defende que o "prazo final é o final de Junho, que é quando o programa actual termina formalmente".

Mina Andreeva sublinhou que um acordo com a Grécia ainda não está na calha. "Ainda não estamos lá", disse, em relação ao progresso nas negociações. 

Ao mesmo tempo, sublinhou que os parceiros europeus podem-se reunir mais cedo se o Governo grego já tiver preparado as propostas exigidas. "O próximo encontro é a 18 de Junho e o Eurogrupo permanece preparado para se reunir mais cedo caso seja necessário".

Vai ser esta segunda-feira que Jean-Claude Juncker vai-se reunir com Angela Merkel e François Hollande em Berlim, com a situação na Grécia a ser um dos temas em cima da mesa.

Em entrevista ao jornal alemão Suddeutsche Zeitung, o presidente da Comissão Europeia considera que é "desejável, mas não indispensável" que seja alcançado um acordo entre a Grécia e as instituições antes do encontro dos sete países mais ricos do mundo, o G-7, que vai ter lugar a 7 de Junho.

Jean-Claude Juncker também sublinhou que está a haver progressos nas negociações, mas que vai ser preciso mais tempo para chegar a um acordo.

O presidente da Comissão Europeia também garantiu que o FMI deverá continuar a colaborar com as instituições europeias nos resgates europeus, mas que o modelo de participação está ainda a ser discutido.
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