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Bolsas europeias regressam aos ganhos após queda semanal
As praças europeias recuperam das quedas da passada semana, mas a situação na Grécia continua debaixo do radar dos investidores. A bolsa de Milão lidera os ganhos na Europa após as eleições regionais deste fim-de-semana.
As bolsas europeias regressaram à negociação em terreno positivo. Depois da queda de 1,9% na passada semana pressionado pela continuação do impasse nas negociações entre a Grécia e as instituições internacionais, o Stoxx 600 está a subir 0,54% para 402,01 pontos, com o sector de saúde a liderar (1,44%) seguido do imobiliário (1,20%). Esta é a primeira valorização em três sessões do índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias.
A liderar os ganhos na Europa está a Deutsche Annington Immobilien (5,94%), após a imobiliária alemã ter revisto em alta os seus lucros para este ano. Destaque para as valorizações do espanhol Banco Popular (2,90%)e da Roche (2,17%), após a farmacêutica ter publicado novos dados em relação à investigação a um medicamento contra o cancro.
As praças europeias estão assim a recuperar da desvalorização registada na passada semana, com as principais bolsas a negociar em alta, como Madrid (0,64%), Londres (0,14%), Paris (0,13%) e Frankfurt (0,23%). A liderar os ganhos na Europa encontra-se a bolsa de Milão que sobe 0,75%, animada pelos resultados das eleições regionais italianas este fim de semana, em que o Partido Democrático, do primeiro-ministro Matteo Renzi, sofreu um resultado abaixo do esperado.
Os ganhos nas praças europeias acontecem num dia em que o indicador da indústria da Zona Euro registou um aumento ligeiro em Maio. No entanto, a evolução do índice PMI para a indústria no euro foi travada pela Alemanha e pela França.
A Grécia vai continuar debaixo do olho dos investidores esta semana. Atenas vai ter pagar 300 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) esta sexta-feira e persistem algumas dúvidas sobre a capacidade do Governo de Alexis Tsipras reembolsar o Fundo. Isto depois do ministro do Interior helénico ter admitido recentemente que a Grécia não tem dinheiro nos cofres.
Pela sua parte, Alexis Tsipras considera que a Grécia já cumpriu o seu papel e que agora chegou o momento das instituições europeias cumprirem o seu.
"Depois de significativas concessões por parte do Governo grego, a decisão não está nas mãos das instituições, mas sim nas mãos dos líderes da Europa", escreveu o primeiro-ministro grego num artigo de opinião publicado no jornal francês Le Monde.