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Euro em queda com investidores preocupados com a Grécia
A Grécia vai ter de reembolsar o FMI em 300 milhões de euros na sexta-feira, mas os mercados duvidam da capacidade de pagamento de Atenas.
Com o tempo a correr contra a Grécia, a moeda única está a sofrer uma desvalorização. O euro está a desvalorizar 0,73% para 1,0907 dólares na sessão desta segunda-feira, 1 de Junho. A moeda única está a desvalorizar contra 14 das principais moedas mundiais e perdeu mais de 9% do seu valor desde o início do ano.
A queda do euro acontece num momento em que o impasse em relação à Grécia está a deixar os investidores preocupados. Vai ser durante o mês de Junho que Atenas vai ter de pagar um total de 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em quatro tranches.
"Os próximos dias vão ser um período muito volátil com as notícias sobre a Grécia a dominarem", disse à Bloomberg o analista da MPPM EK, Guillermo Hernandez Sampere. "Temos esta história interminável sobre a Grécia a pender sobre as nossas cabeças".
O primeiro desembolso para o Fundo vai ter de ser efectuado já na sexta-feira quando o Governo de Alexis Tsipras tiver de pagar 300 mil milhões de euros ao Fundo.
Alexis Tsipras considera que, depois dos esforços feitos pelo seu Governo, chegou agora o momento dos parceiros europeus esforçarem-se para chegar a acordo com a Grécia. Isto mesmo foi defendido pelo primeiro-ministro grego no domingo em artigo de opinião no Le Monde. "Depois de significativas concessões por parte do Governo grego, a decisão não está nas mãos das instituições, mas sim nas mãos dos líderes da Europa".
Foi também no Domingo que Alexis Tsipras manteve uma teleconferência com Angela Merkel e com François Hollande. A reunião terminou com os três interlocutores a concordarem na necessidade de encontrar rapidamente uma solução para a Grécia, segundo fontes do Governo grego.
Ao mesmo tempo, o ministro da Economia grego veio defender que um acordo com as instituições internacionais é a "única via" para a Grécia. A conclusão de um acordo é a única via, não há outra possibilidade. Caso contrário, sobretudo a Grécia, mas também a União Europeia vão entrar em território desconhecido", disse George Stathakis no domingo.