Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Taxa de desemprego na Grécia voltou a subir no primeiro trimestre

O número de desempregados na Grécia voltou a aumentar no primeiro trimestre de 2015, para uma taxa de 26,6%. Esta quinta-feira os sindicatos gregos organizam protestos em 59 cidades.

Bloomberg
11 de Junho de 2015 às 12:41
  • 7
  • ...

Já se sabia que a situação financeira da Grécia continua bastante frágil e que tem vindo a agravar-se nos últimos meses. Agora sabe-se que também os níveis de desemprego, não só continuam em níveis preocupantes, como voltaram a subir no primeiro trimestre deste ano.

 

De acordo com o instituto de estatísticas oficial da Grécia, a taxa de desemprego não ajustada de sazonalidade subiu para 26,6% no primeiro trimestre deste ano, valor que se segue à taxa de 26,1% registada nos últimos três meses do ano passado.

 

O desemprego de longa duração é especialmente preocupante na medida em que atinge já uma taxa de 71,6% do total do desemprego verificado nos primeiros três meses do ano. Por segmento da população, o desemprego é mais elevado entre as mulheres (30,6%) do que entre os homens (23,5%).

 

Assim, a taxa de desemprego grega acaba por acompanhar o sentimento provocado pelo impasse nas negociações entre Atenas e as instituições credoras, isto numa fase em que a Grécia terá de devolver quase 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Tendo em conta a escassez financeira na Grécia, o país irá mesmo entrar em incumprimento caso não seja desbloqueada a tranche, ou parte desta, de 7,2 mil milhões de euros prevista no programa de assistência grego que permanece em curso até ao final deste mês.

 

Em Maio a Comissão Europeia reviu em forte baixa as previsões económicas para a Grécia. Esta instituição europeia que em Fevereiro ainda antecipava um avanço do PIB helénico de 2,5%, prevê agora que a economia grega cresça apenas 0,5% em 2015.

 

No dia em que foram conhecidos os dados do desemprego e em que o primeiro-ministro Alexis Tsipras se reúne novamente com o presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker, o governo grego enfrenta também os maiores protestos desde que venceu as eleições a 25 de Janeiro último.

 

Esta quinta-feira, segundo escreve o The Guardian, cerca de 700 sindicatos e organizações do trabalho, aliados ao Partido Comunista Grego (KKE), organizaram um conjunto de protestos em 59 cidades gregas.

 

Os trabalhadores gregos protestam contra a possibilidade que vem sendo avançada pela comunicação social e que passa pelas negociações em curso entre Atenas e os credores sobre um eventual novo resgate que permita à Grécia ganhar tempo para aplicar algumas das reformas exigidas e ainda recuperar alguma estabilidade financeira. 

Tendo em conta o impasse que se prolonga desde Fevereiro, os credores poderão aceitar negociar um prolongamento do actual memorando com a Grécia, que vigoraria até Março do próximo ano, mês em que terminam os pagamentos previstos ao FMI, seguindo de um terceiro programa de ajuda. 

Ver comentários
Saber mais Grécia Taxa de Desemprego FMI Comissão Europeia Alexis Tsipras KKE
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio