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Alemanha poderá exigir a Atenas apenas uma reforma em troca de ajuda financeira

O Governo alemão estará a considerar desbloquear uma ajuda financeira à Grécia em troca da implementação, para já, de apenas uma das reformas que os credores estão a exigir a Atenas, avançou a agência Bloomberg.

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Germany Said to Offer Greece a Staggered Aid Deal
10 de Junho de 2015 às 20:48
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Angela Merkel reiterou esta quarta-feira, 10 de Junho, que o objectivo dos parceiros europeus é que a Grécia se mantenha no euro. À chegada à cimeira União Europeia/América Latina, em Bruxelas, a chanceler alemã garantiu, em declarações aos jornalistas, que reuniria com o primeiro-ministro grego ao final do dia. Em cima da mesa poderia estar a concessão da ajuda financeira em troca de apenas uma das reformas.

 

"Possivelmente haverá um encontro à margem [da cimeira], naturalmente com o primeiro-ministro grego e também com o presidente francês", avançou a chanceler alemã. "A mensagem será: as negociações com as três instituições devem prosseguir", concretizou Merkel, referindo-se à Comissão Europeia, FMI e BCE, este último que entretanto aumentou em 2,3 mil milhões a liquidez para os bancos gregos. A chanceler reiterou ainda que o objectivo é "manter a Grécia na Zona Euro". "Onde há vontade, há um caminho", acrescentou.

 

Esta tarde, duas fontes próximas da Alemanha afirmaram à Bloomberg que no encontro após a cimeira, Merkel iria dar o seu apoio ao desbloqueio da ajuda financeira de 7,2 mil milhões de euros prometida a Atenas. E em vez de exigir o cumprimento de todas as reformas associadas à ajuda, a Alemanha poderia aceitar, para já, o cumprimento de apenas uma dessas reformas.

 

A notícia da Bloomberg foi entretanto desmentida por fonte oficial do Governo alemão, que em declarações à agência de informação adiantou que apenas o BCE, FMI e Comissão Europeia fazem propostas ao governo de Atenas.

 

A Bloomberg adianta que apesar de a Alemanha insistir que a Grécia tem que implementar várias das medidas acordadas em Fevereiro - como a subida do IVA, alterações no sistema de pensões e aceleração do plano de privatizações - pode aceitar que Atenas para já se comprometa com apenas uma delas para debloquear a ajuda financeira que o país necessita para não entrar em incumprimento.

 

Isto porque faltam menos de três semanas para terminar o actual programa de assistência. O lado grego colocou em cima da mesa uma extensão do programa por nove meses. Atenas pretende também que sejam desbloqueados "financiamentos que permitam relançar a economia grega e não apenas para cobrir os reembolsos" que têm de ser feitos aos credores, adiantou uma fonte do Governo grego, à AFP.

 

Também o presidente francês comentou a situação grega esta quarta-feira, assinalando que "não devemos deixar que a situação se arraste, e não devemos pensar em soluções que são más para a Grécia, para a Europa e para a Zona Euro".

 

O também francês Pierre Moscovici, disse acreditar hoje "mais que nunca" num acordo entre a Grécia e os seus credores, apesar dos avanços e recuos nas conversações dos últimos meses. "Acredito mais que nunca que um acordo é possível se a vontade política for partilhada por todos. Os próximos dias serão decisivos para a Grécia", realçou o comissário europeu dos Assuntos Económicos em declarações à agência France-Presse. 

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