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Juncker diz-se "muito satisfeito" com trabalho feito pelo Governo grego
No dia em que o Mecanismo Europeu de Estabilidade desembolsou 7,5 mil milhões de euros para o Estado grego, o presidente da Comissão Europeia disse estar "muito satisfeito" com o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Governo helénico.
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O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse esta terça-feira, 21 de Junho, em Atenas que está "muito satisfeito" com o trabalho realizado pelo Governo grego, sublinhando depois que a "Grécia e a Europa caminham lado a lado".
Juncker fez estas declarações após a reunião com o presidente grego, Prokopis Pavlópulos, que por sua vez agradeceu o facto de a Comissão Europeia ter defendido a permanência da Grécia na Zona Euro e assim ter preservado a unidade da Europa.
"A Grécia não pode estar sem a Europa, nem a Europa sem a Grécia", assinalou Pavlópulos. Já Juncker assegurou nunca ter entendido a lógica "absurda" daqueles que pediam a saída da Grécia do euro e por isso, tudo fez para evitá-lo: "No final ganhámos nós e a Grécia apostou em seguir o caminho do crescimento".
Estas declarações do presidente da Comissão foram realizadas precisamente no mesmo dia em que o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) libertou uma tranche de 7,5 mil milhões de euros que permitirá à Grécia fazer face aos encargos previstos para este Verão. Este desembolso surge na sequência da validação da primeira revisão ao cumprimento do memorando grego que permitirá a Atenas receber até 86 mil milhões de euros num período de três anos.
Também na capital helénica e citado pela agência Reuters, Klaus Regling, director do MEE, já depois do encontro mantido com o ministro grego das Finanças, Euclid Tsakalotos, reiterou a vontade de "continuar a apoiar a economia grega" durante este período salvaguardando, porém, que tendo em conta as perspectivas ainda "muito incertas" é muito difícil antecipar quais as reais necessidades financeiras do país.
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Regling insistiu ainda na importância de as autoridades gregas prosseguirem esforços tendo em vista a obtenção de um excedente primário (que desconta o pagamento de juros) de 3,5% em 2018, meta orçamental com que o Executivo liderado por Alexis Tsipras se comprometeu no Verão passado.
Apesar do acordo alcançado no Eurogrupo do final de Maio, O Fundo Monetário Internacional (FMI), que continua a defender a necessidade de proceder a um alívio "incondicional" da dívida helénica, que classifica de "insustentável", considera que o objectivo de atingir um excedente primário de 3,5% é excessivamente ambicioso, pelo que apoia a redução dessa meta para apenas 2%.
.@JunckerEU in joint press point with @atsipras: "Greek programme more than on economy. It's about a modern state" pic.twitter.com/zbF363vml5
— Margaritis Schinas (@MargSchinas) June 21, 2016