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Eurogrupo: Acordo com a Grécia ainda longe do fim

Apesar de registado alguns progressos nas negociações da Grécia com os credores internacionais, não será desta que se chegará a um acordo que permita desbloquear empréstimos e abrir caminho para um alívio da dívida grega.

Jeroen Dijsselbloem
22 de Abril de 2016 às 09:51
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"Temos tido boas notícias de Atenas, por isso vamos ver em que ponto estamos", mas "não esperem qualquer acordo hoje", afirmou aos jornalistas o líder do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem (na foto), à entrada, esta sexta-feira, 22 de Abril, para a reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro.

 

A Grécia será o prato forte do encontro e as notícias "têm sido boas", assinalou Dijsselbloem, citado pela Reuters. Mas "estamos apenas no início das negociações", salientou, afirmando que se houver progressos sobre o conteúdo do programa, então os próximos passos passarão por discutir a questão do alívio da dívida grega.

 

Todos concordam que tem havido progressos nas negociações sobre as reformas no país, mas o tom geral é que, de facto,  as negociações entre a Grécia e os credores internacionais estão longe de estar concluídas.

 

Também em declarações à entrada para o encontro, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, afirmou isso mesmo, deixando um recado aos gregos: Se Atenas "implementar o que foi acordado no ano passado - e nós estamos a trabalhar nisso - então não haverá necessidade de discutir esse assunto [da redução da dívida]", afirmou, citado pela Reutes.

 

Christine Lagarde, a directora-geral do Fundo Monetário Internacional, considerou igualmente ser impossível chegar hoje a alguma conclusão. Também em declarações à Reuters, Lagarde sublinhou que "há mais trabalho para ser feito". "Estamos determinados a continuar o trabalho, mas ainda não chegámos lá", afirmou, salientando a importância de os líderes se porem de acordo no que toca à questão da sustentabilidade da dívida grega.

 

A Alemanha, a Finlândia e a Eslováquia, entre outros países, opõem-se a qualquer alívio da dívida grega, considerando que não é necessário e que a estratégia deve passar apenas pela implementação de reformas no país. Pelo contrário, o FMI defende que, sem isso, a dívida grega não é sustentável. 

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