Notícia
Rui Rocha demarca-se do Governo da AD e critica medidas para jovens e saúde
Rui Rocha pegou no mote que tinha sido deixado pelo seu antecessor na liderança do partido, João Cotrim Figueiredo, lembrando que este apontou o desafio à IL de definir uma posição face ao Governo da AD tendo em conta que este executivo "vai no caminho" das ideias defendidas pelos liberais "embora de forma mitigada e menos ambiciosa".
07 de Julho de 2024 às 18:47
O líder da IL demarcou-se este domingo de algumas das políticas tomadas pelo Governo da AD, criticando medidas adotadas para os jovens, no IRS, ou a falta de mudanças estruturais na saúde.
No discurso de encerramento da VIII Convenção Nacional da IL, não eletiva, Rui Rocha considerou que esta reunião magna da qual saiu um novo programa político, mas não novos estatutos, "marca um novo ciclo no partido".
Rui Rocha pegou no mote que tinha sido deixado pelo seu antecessor na liderança do partido, João Cotrim Figueiredo, lembrando que este apontou o desafio à IL de definir uma posição face ao Governo da AD tendo em conta que este executivo "vai no caminho" das ideias defendidas pelos liberais "embora de forma mitigada e menos ambiciosa".
"Quero perguntar, face às políticas que a AD já anunciou, o que dirão os jovens deste país", questionou, dando como exemplo o desemprego jovem de 23%, políticas que não permitem "prever um crescimento económico" desejado e "funções mal pagas e menos qualificadas".
A demarcação em relação ao Governo da AD prosseguiu em relação aos jovens que procuram casa e nas medidas adotadas que "só agravam o problema de escassez de habitação", bem como em relação à questão das creches.
"O que dizem esses jovens que olham para a frente: é inaceitável que o IRS tenha deixado de ser um imposto sobre o rendimento e tenha passado a ser um imposto sobre a idade. Queremos que tenham sucesso enquanto têm menos de 35 anos, mas também depois tenham condições para viver", criticou, numa referência ao IRS jovem.
O líder da IL também condenou a intenção do Governo de criar um regime excecional para não residentes qualificados.
"Ficamos a saber que tratar bem os portugueses qualificados com mais de 35 anos é dar-lhes uma taxa de 20% de IRS. É isso que vamos fazer: continuar a lutar por uma taxa única sobre o rendimento que não discrimine as pessoas nem em função da idade nem em função da origem", prometeu.
Uma das principais críticas de Rui Rocha foi sobre a saúde, questionando o "que dirão os portugueses que não têm ADSE nem rendimento para ter um seguro" quando "constatarem que as filas de espera continuam, que o acesso às urgências continua limitado".
"O que dirão quando perceberem que a AD não vai mudar nada de estrutural. Aqui estaremos na IL a lutar por uma reforma profunda do sistema de acesso à saúde", disse.
O líder da IL também apontou à falta de medidas para os trabalhadores por conta própria ou ao facto do Governo da AD nada dizer sobre a derrama das empresas.
Rui Rocha falou diretamente para estes setores da sociedade - os jovens, os casais com filhos, os portugueses que precisam de cuidados de saúde, as empresas ou os trabalhadores por conta própria - para prometer que a IL lutará pelos seus interesses.
No arranque do discurso, o líder da IL não fugiu à controvérsia da véspera quando a reunião magna não conseguiu aprovar nenhuma das propostas de alteração aos estatutos que estiveram em discussão.
"As coisas são o que são: somos muito melhores a fazer programas políticos do que a aprovar estatutos", disse, referindo-se à aprovação do novo programa político por larguíssima maioria.
Este documento, segundo Rui Rocha, "afirma a IL como o único partido não estatista do espetro político português representado no parlamento"
"É muito difícil - e nós vimo-lo - tirar o PS do poder, mas é igualmente difícil tirar as ideias do poder socialista, mesmo quando não é o PS que está no poder", afirmou.
Os liberais querem um "Portugal melhor" e considerou não haver "desculpas para não se atingir a prosperidade" que o país deseja.
No discurso de encerramento da VIII Convenção Nacional da IL, não eletiva, Rui Rocha considerou que esta reunião magna da qual saiu um novo programa político, mas não novos estatutos, "marca um novo ciclo no partido".
"Quero perguntar, face às políticas que a AD já anunciou, o que dirão os jovens deste país", questionou, dando como exemplo o desemprego jovem de 23%, políticas que não permitem "prever um crescimento económico" desejado e "funções mal pagas e menos qualificadas".
A demarcação em relação ao Governo da AD prosseguiu em relação aos jovens que procuram casa e nas medidas adotadas que "só agravam o problema de escassez de habitação", bem como em relação à questão das creches.
"O que dizem esses jovens que olham para a frente: é inaceitável que o IRS tenha deixado de ser um imposto sobre o rendimento e tenha passado a ser um imposto sobre a idade. Queremos que tenham sucesso enquanto têm menos de 35 anos, mas também depois tenham condições para viver", criticou, numa referência ao IRS jovem.
O líder da IL também condenou a intenção do Governo de criar um regime excecional para não residentes qualificados.
"Ficamos a saber que tratar bem os portugueses qualificados com mais de 35 anos é dar-lhes uma taxa de 20% de IRS. É isso que vamos fazer: continuar a lutar por uma taxa única sobre o rendimento que não discrimine as pessoas nem em função da idade nem em função da origem", prometeu.
Uma das principais críticas de Rui Rocha foi sobre a saúde, questionando o "que dirão os portugueses que não têm ADSE nem rendimento para ter um seguro" quando "constatarem que as filas de espera continuam, que o acesso às urgências continua limitado".
"O que dirão quando perceberem que a AD não vai mudar nada de estrutural. Aqui estaremos na IL a lutar por uma reforma profunda do sistema de acesso à saúde", disse.
O líder da IL também apontou à falta de medidas para os trabalhadores por conta própria ou ao facto do Governo da AD nada dizer sobre a derrama das empresas.
Rui Rocha falou diretamente para estes setores da sociedade - os jovens, os casais com filhos, os portugueses que precisam de cuidados de saúde, as empresas ou os trabalhadores por conta própria - para prometer que a IL lutará pelos seus interesses.
No arranque do discurso, o líder da IL não fugiu à controvérsia da véspera quando a reunião magna não conseguiu aprovar nenhuma das propostas de alteração aos estatutos que estiveram em discussão.
"As coisas são o que são: somos muito melhores a fazer programas políticos do que a aprovar estatutos", disse, referindo-se à aprovação do novo programa político por larguíssima maioria.
Este documento, segundo Rui Rocha, "afirma a IL como o único partido não estatista do espetro político português representado no parlamento"
"É muito difícil - e nós vimo-lo - tirar o PS do poder, mas é igualmente difícil tirar as ideias do poder socialista, mesmo quando não é o PS que está no poder", afirmou.
Os liberais querem um "Portugal melhor" e considerou não haver "desculpas para não se atingir a prosperidade" que o país deseja.