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"Mantemo-nos firmes com a Ucrânia", diz UE, pelo terceiro ano da guerra

A União Europeia adotou, esta segunda-feira, o 16.º pacote de sanções contra a Rússia no dia em que passam três anos desde que estalou a guerra, apelando ao apoio e à solidariedade para com a Ucrânia, em particular em face do "ambiente internacional e geopolítico desafiante".

Associated Press
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No dia em que se assinalam três anos desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, Bruxelas garante que vai continuar a providenciar ajuda financeira regular à Ucrânia, afirmando que se mantém "firme" ao lado do país que "faz parte da família europeia", enquanto chama a atenção para a importância do apoio da comunidade internacional para que se alcance "uma paz abrangente, justa e duradoura".

Numa declaração conjunta, emitida esta segunda-feira, os presidentes da Comissão Europeia, do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu assinalam que o bloco dos 27 esteve ao lado de Kiev desde a primeira hora da agressão "brutal" por parte de Moscovo que "tem deliberadamente como alvo civis e infraestruturas críticas" e que assim vai continuar. "A União Europeia e os seus parceiros agiram rapidamente e em unidade para apoiar a Ucrânia. Prestou assistência económica, humanitária, financeira e militar que ascende a 135 mil milhões de euros, com 48,7 mil milhões de euros de assistência militar e continuará a prestar um apoio financeiro regular e previsível, incluindo a reconstrução do país após a guerra".

"A Rússia e os seus líderes são os únicos responsáveis por esta guerra e pelas atrocidades cometidas contra a população ucraniana. Continuamos a exigir responsabilização por todos os crimes de guerra e contra a humanidade cometidos", afirmam, apontando que "a Rússia e o seu povo estão a pagar pelas ações dos seus líderes". "Juntamente com os nossos parceiros, impusemos sanções sem precedentes contra a Rússia e os cúmplices da guerra e continuamos prontos para aumentar a pressão sobre a Rússia para limitar a sua capacidade de travar guerras".

E, neste contexto, adiantam, "já estamos a utilizar lucros extraordinários de ativos russos congelados para apoiar a indústria de defesa e a recuperação energética da Ucrânia", adiantam, revelando ainda que hoje foi adotado o 16.º pacote de sanções contra a Rússia para "aumentar ainda mais a pressão coletiva sobre a Rússia para pôr fim à guerra".

Além disso, "tomámos medidas sem paralelo a nível da UE para aumentar a produção da indústria de defesa europeia e continuaremos a aumentar a nossa capacidade. Isto permitir-nos-á aumentar o nosso apoio militar e a cooperação com a Ucrânia e, ao mesmo tempo, reforçar a nossa prontidão de defesa e soberania europeia", referem.

E sublinham: "A Ucrânia é parte da nossa família europeia. Os ucranianos expressaram o seu desejo de um futuro dentro da União Europeia. Reconhecemo-lo ao conceder à Ucrânia o estatuto de país candidato e iniciámos negociações de adesão. A Ucrânia fez progressos significativos nas reformas relacionadas com a adesão nas circunstâncias mais desafiantes. Já estamos a integrar a Ucrânia no mercado interno da UE. O futuro da Ucrânia e dos seus cidadãos está na União Europeia".

Considerando ainda o ambiente internacional e geopolítico desafiante, os três líderes chamam a atenção para "a importância de manter a solidariedade transatlântica e global com a Ucrânia" e "a necessidade de garantir o foco contínuo da comunidade internacional no apoio à Ucrânia na obtenção de uma paz abrangente, justa e duradoura com base na fórmula de paz ucraniana".

"Mantemo-nos firmes com a Ucrânia, reafirmando que a paz, a segurança e a justiça prevalecerão", frisam.

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