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Eurostat confirma aceleração da inflação da Zona Euro para 2,5% em janeiro
Arranque do ano ficou marcado por uma nova aceleração dos preços na energia e nos serviços entre os países da moeda única. Inflação subjacente manteve-se inalterada pelo quarto mês seguido. Inflação em Portugal ficou acima da média da Zona Euro.
O Eurostat confirmou esta segunda-feira que a taxa de inflação na Zona Euro acelerou no arranque do ano. Tal como avançado na estimativa rápida, o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) registou uma variação homóloga de 2,5% em janeiro, o que corresponde a mais uma décima face ao mês anterior. Essa subida é explicada por uma nova aceleração dos preços na energia e nos serviços.
Entre as quarto grandes componentes do IHPC, os serviços foram aquela que teve a maior variação homóloga em janeiro. Os dados finais do Eurostat revelam que a variação desta componente foi de 4%, o que compara com 3,9% em dezembro. A inflação nos serviços têm sido uma das preocupações do Banco Central Europeu (BCE) na estabilização dos preços, já que praticamente não arrefeceu devido sobretudo à restauração e alojamento. Em janeiro, deu uma contributo de 1,77 pontos percentuais para a inflação.
A componente que agrega alimentação, álcool e tabaco teve uma variação homóloga de 2,3%, o que se traduz numa desaceleração face aos 2,6% de dezembro. Em janeiro, os alimentos, bebidas e tabaco deram um contributo de 0,45 pontos percentuais para o IHPC na Zona Euro. Já o IHPC dos bens industriais não energéticos manteve-se estável nos 0,5%, o mesmo valor do mês anterior, e teve um contributo de 0,12 pontos percentuais para o IHPC.
Por outro lado, o IHPC relativo aos preços da energia voltou a acelerar no arranque do ano, contribuindo em 0,18 pontos percentuais para a inflação. Em janeiro, os preços dos produtos energéticos acelerou ao ritmo mais rápido entre as grandes componentes do IHPC, passado de uma variação homóloga de 0,1% para 1,8%. É de notar que, durante grande parte do ano passado, o IHPC da energia esteve em valores negativos, ou seja, os preços da energia estiveram a cair.
A taxa de inflação subjacente da Zona Euro, que exclui os produtos do cabaz que estão mais sujeitos a variações de preço (energia e alimentação, álcool e tabaco), manteve-se, pelo quarto mês seguido, nos 2,7% em janeiro. Isso significa que a subida de preços nos produtos mais estáveis – com destaque para a saúde e educação – tem mantido um ritmo constante desde setembro.
Inflação na UE acelerou para 2,8%. Portugal acima da média do euro
Na União Europeia a 27, a variação homóloga do IHPC foi de 2,8% em janeiro, mais uma décima do que no mês anterior. Em comparação com dezembro, a taxa de inflação desceu em oito Estados-membros (Portugal, Países Baixos, Dinamarca, Chéquia, Roménia, Letónia, Estónia e Chipre), manteve-se estável em quatro (Alemanha, França, Bélgica e Malta) e aumentou em quinze.
Portugal foi um dos países onde o IHPC desacelerou no primeiro mês de 2025, tendo passado de 3,1% para 2,7%. Ainda assim, ficou acima da média do euro. Por outro lado, ficou uma décima abaixo da média da UE.
As taxas de inflação mais baixas foram observadas na Dinamarca (1,4%), Irlanda, Itália e Finlândia (todas com 1,7%). Em sentido contrário, as taxas de inflação mais elevadas foram registadas na Hungria (5,7%), Roménia (5,3%) e Croácia (5%) no arranque do ano.
(notícia atualizada às 10:45)