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INE confirma desaceleração da inflação para 2,4% em fevereiro

Dados finais do Instituto Nacional de Estatística revelam que a taxa de inflação desacelerou uma décima face a janeiro. Energia ajudou na desaceleração dos preços, enquanto os alimentos voltaram a acelerar. Inflação subjacente foi de 2,5%.

Patrick Pleul/AP
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação em Portugal teve uma variação homóloga de 2,4% em fevereiro, tal como tinha avançado na estimativa rápida. Este foi o segundo mês consecutivo de abrandamento geral nos preços, explicado sobretudo pela diminuição da variação homóloga do índice de preços relativo aos bens energéticos.

"A variação homóloga do IPC foi 2,4% em fevereiro de 2025, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 28 de fevereiro", lê-se no boletim estatístico do INE

O INE atualizou, no entanto, a variação homóloga relativa à inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a grandes variações de preços (alimentos não transformados e produtos energéticos), e que permite aferir sobre o "enraizamento" da inflação no cabaz de produtos com preços menos voláteis, como educação e saúde. Segundo os dados finais do INE, a inflação subjacente foi de 2,5% (e não 2,4% como inicialmente avançado). O valor compara com 2,7% registados em janeiro.

Nos produtos com preços mais voláteis, verificou-se que o índice relativo aos produtos energéticos teve uma forte diminuição, em contraciclo com os alimentos não transformados. Em fevereiro, a variação homóloga do índice relativo à energia diminuiu para 1,5%, um valor que compara com 2,4% em janeiro.

Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados (alimentos frescos) aumentou de 1,8% para 2,4% em fevereiro. No mês de janeiro, o índice relativo a estes produtos já tinha acelerado devido aos efeitos de base da retirada do IVA Zero, medida que permitiu isentar de IVA um cabaz de bens alimentares essenciais e que contribuiu para travar a inflação em Portugal.

Em comparação com o mês anterior, o IPC teve uma variação de -0,1%, um valor que compara com -0,5% no mês precedente. A variação média da inflação dos últimos doze meses foi 2,5%, menos uma décima do que em janeiro.

O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 2,5%, menos duas décimas do que no mês anterior. O IHPC português, que permite comparar a variação da inflação entre os diferentes Estados-membros, foi superior em uma décima ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro. Sem contar com produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal foi de 2,5%, menos três décimas do que em janeiro.

(notícia atualizada às 11:34)

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