"Amanhã de manhã, vou comprar um novo Tesla para mostrar confiança e apoio a Elon Musk, um grande norte-americano. Por que é que ele está a ser prejudicado por aplicar o seu tremendo talento para ajudar a Tornar a América Grande Novamente ('Make America Great Again')?", afirmou Donald Trump na terça-feira. 

Depois de feita a promessa, perante a imprensa norte-americana, Trump recebeu o empresário e, entre os vários modelos disponíveis no relvado em frente à Casa Branca, escolheu um Tesla Model S vermelho e disse que tenciona oferecer à sua neta Kai, de 17 anos, um Cybertruck.

"Ele não pode ser punido por ser um patriota", reiterou o Presidente norte-americano, ao lado do multimilionário. "Vou comprar um" Tesla porque é "um produto muito bom" e porque Elon Musk foi "tratado de forma muito injusta", disse. Depois acrescentou que vai pagar o automóvel por cheque e que não iria pedir qualquer desconto no preço. Confidenciou ainda que "não estava autorizado a conduzir porque [não] conduzia um carro há muito tempo", pelo que o automóvel vai ser colocado à disposição dos funcionários na Casa Branca.

Ao seu lado, Musk aproveitou para anunciar que "como parte das grandes políticas do Presidente Trump e da sua administração, e como um ato de fé na América, a Tesla vai duplicar a sua produção nos Estados Unidos nos próximos dois anos".

Os automóveis da marca têm sido alvo de protestos e até vandalismo por pessoas furiosas com o papel de Musk no despedimento de funcionários públicos e no corte da ajuda internacional. Os clientes da Tesla recorreram às redes sociais para mostrar a sua oposição a Musk e alguns chegaram ao ponto de vender ou trocar o seu veículo Tesla por outro de outra marca para mostrar o seu desagrado.

As vendas da Tesla têm vindo a recuar em vários países  e as ações da Tesla perderam mais de 50% desde o seu pico, em dezembro passado. A fortuna de Musk caiu cerca de 70 mil milhões de dólares (64 mil milhões de euros) num mês, embora continue a ser considerado o homem mais rico do mundo, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index.

Donald Trump anunciou ainda que quem atacar um concessionário da marca nos Estados Unidos vai ser classificado como terrorista.