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Ex-deputados do Syriza criam nova força para cancelar resgate e dívida

A cisão de 25 deputados do Syriza deu origem à formação da Unidade Popular, um partido que quer cancelar o terceiro resgate à Grécia e defende o cancelamento de parte da dívida pública do país. Lafazanis promete que "o ‘não’ do referendo não ficará órfão".

Bloomberg
21 de Agosto de 2015 às 15:42
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A formação do mais recente partido com presença no Parlamento grego, anunciada esta sexta-feira, 21 de Agosto, designa-se de Unidade Popular e tem como principais objectivos o cancelamento do terceiro memorando de entendimento acordado entre Atenas e as instituições, e ainda o corte de parte da dívida pública helénica. Este novo partido resulta da cisão de deputados do Syriza que autonomizaram uma nova força política no Parlamento da Grécia já depois de ontem Alexis Tsipras ter anunciado a demissão do Governo e solicitado ao presidente da República, Prokopis Pavlopoulos, a realização de novas eleições.

 

Com apoio parlamentar de 25 deputados originalmente eleitos pelo Syriza nas legislativas de 25 de Janeiro deste ano, o novo partido será liderado por Panagiotis Lafazanis, ex-ministro da Energia e líder da corrente mais esquerdista daquela coligação de esquerda radical, a Plataforma de Esquerda. Desde logo, esta força poderá mesmo vir a receber, da parte do presidente da República grego, um mandato para a formação de um Governo, isto porque com estes 25 parlamentares o Unidade Popular passa a ser a terceira força política mais representada no Parlamento helénico.

 

Em declarações ao Mega Channel, citadas pelo To Vima, Kostas Isichos, deputado afecto ao Unidade Popular, garante ser "óbvio que iremos receber o terceiro ‘mandato exploratório’ e iremos esgotar todas as oportunidades" que possibilitem abolir o memorando.

 

Entretanto, foi o próprio Lafazanis, citado pelo Kathimerini, a anunciar que a nova força política pretende oferecer ao eleitorado grego "uma alternativa realista ao memorando". Para Lafazanis, tal só poderá verificar-se se ao cancelamento do memorando estiver associado um corte na dívida pública grega.

 

Tendo em conta que se afigura como provável um cenário de eleições antecipadas já em Setembro, presumivelmente no domingo dia 20, Panagiotis Lafazanis afiança que "vamos tornar-nos numa grande e decisiva força política". E promete "expressar o espírito e substância" dos 62% que votaram contra a austeridade no referendo convocado pelo ex-primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, sobre as medidas exigidas pelos credoras em troca de um acordo com Atenas.

 

"O ‘não’ do referendo não ficará órfão" nas próximas eleições, garante o líder da corrente Plataforma de Esquerda.

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