O presidente da República helénica deu mandato ao partido conservador grego Nova Democracia, liderado por Vangelis Meimarakis, para formar Governo, isto depois de Alexis Tsipras ter apresentado a demissão do Governo.

Meimarakis tem até segunda-feira para conseguir encontrar uma solução que permita formar um Governo com maioria no Parlamento e, com esse objectivo, contactou Alexis Tsipras, líder do partido com mais assentos parlamentares.

Contudo, Tsipras, que se demitiu e defendeu na altura a convocação de novas eleições, recusou reunir-se com o líder do Nova Democracia com este propósito, de acordo com um email de fonte oficial do Governo, citada pela Bloomberg sob condição de anonimato.

Tsipras afirmou a Meimarakis que não fazia sentido uma reunião tendo em vista uma aliança por não haver margem para convergência entre as duas forças políticas.

Alexis Tsipras terá também dito ao líder do Nova Democracia que nesta altura não será possível formar um Governo com maioria parlamentar.

A Bloomberg adianta que os analistas consideram que Meimarakis vai falhar a missão que lhe foi incumbida. O Nova Democracia e o conjunto dos outros partidos pró-europeus conseguem 106 deputados. O Parlamento helénico tem 300 deputados, o que significa que não consegue maioria.

Já o Syriza, que elegeu 124 deputados, está actualmente reduzido, já que as últimas decisões do Executivo helénico provocaram uma cisão que levou a que 25 deputados eleitos por este partido saíssem e constituíssem um novo partido, o Unidade Popular, liderado por Panagiotis Lafazanis.

A Constituição helénica prevê que, no caso de demissão do Governo, o presidente dê um "mandato exploratório" para a formação de um Executivo ao líder do segundo partido mais votado. Caso este passo se revele infrutífero, é a vez do líder do terceiro partido mais votado tentar formar Governo.