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Bolsa grega afunda mais de 12% e atinge valor mais baixo de sempre

Nunca a bolsa grega valeu tão pouco. O principal índice de Atenas chegou a cair quase 14% esta segunda-feira, para atingir o valor mais baixo de sempre. Os bancos do país fundam mais de 20%, enquanto os juros da dívida a dois anos disparam 125 pontos.

Bloomberg
24 de Agosto de 2015 às 15:26
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A bolsa grega lidera as perdas na Europa, numa sessão marcada por fortes desvalorizações nos mercados bolsistas mundiais, desde o Velho Continente aos Estados Unidos.

O principal índice bolsista FTSE/ASE está a afundar 12,41% para 163,79 pontos, depois de ter chegado a desvalorizar um máximo de 13,44% para 161,85 pontos, o valor mais baixo de sempre.

 

A banca é um dos sectores que mais pressiona a bolsa de Atenas. O índice FTSE/Athex Banks Index, que reúne os maiores bancos do país, afunda 23,20%. Neste sector, as maiores desvalorizações são protagonizadas pelo Piraeus Bank, que perde 28,57% e pelo Eurobank Ergasias, que desce 23,81%. Já o National Bank of Greece desvaloriza 22,17% e o Alpha Bank perde 21,74%.

 

A bolsa grega está a acompanhar o movimento de fortes perdas na Europa, num dia que já está a ser apelidado de "segunda-feira negra" chinesa.

 

A pressionar os mercados mundiais nesta segunda-feira "negra" estão os receios em torna da economia chinesa, e da possível repercussão na evolução da economia global. Os receios foram acentuados com a desvalorização da moeda chinesa, que começou a 11 de Agosto, e inflamados por uma série de dados económicos negativos – como as exportações, as vendas a retalho e a actividade industrial – que deixam adivinhar um abrandamento no crescimento da segunda maior economia do mundo.

 

No entanto, a bolsa de Atenas é afectada por mais um elemento perturbador: o impasse político que impera desde a semana passada.

 

O presidente da República helénica, Prokopis Pavlopulos, deu mandato ao partido conservador grego Nova Democracia, liderado por Vangelis Meimarakis, para formar Governo. Mas o responsável do segundo maior partido grego já devolveu ao presidente da República o mandato que tinha para tentar reunir o número de deputados suficientes para constituir Governo. E deixou críticas a Alexis Tsipras.

 

Depois de o Nova Democracia ter falhado esta missão, o presidente helénico deverá agora dar o mandato exploratório ao grupo de 25 deputados do Syriza que criaram um novo partido. Um cenário de maioria parece cada vez mais posto de lado. E, não sendo possível alcançar uma maioria, o presidente do país deverá convocar eleições, com a data apontada a ser 20 de Setembro.

 

O pessimismo reflecte-se também no mercado de dívida. Os juros associados à dívida grega a dois anos disparam 125 pontos base para 14,229%, enquanto a ‘yield’ associada às obrigações a dez anos sobe 27,3 pontos para 10,022%.

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