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Conservadores tentam aliança pró-europeia após demissão de Tsipras
O líder do Nova Democracia vai tentar uma aliança minoritária com o Pasok e o To Potami para evitar eleições antecipadas. Europa espera solução de Governo comprometida com o cumprimento do memorando. Novo cheque europeu chegou hoje a Atenas.
No rescaldo da demissão do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, Evangelos Meimarakis, o recém-empossado líder do Nova Democracia, anunciou nesta quinta-feira, 20 de Agosto, que irá iniciar conversações com Pasok (socialistas) e com o To Potami (novo partido pró-europeu) para tentar uma aliança de Governo, que na aritmética ditada pelas eleições de 25 de Janeiro seria minoritária: 106 lugares num total de 300 do Parlamento.
Segundo a Constituição grega, em caso de demissão ou queda do Governo, o Presidente da República tem de explorar as possibilidades de solução de Governo dentro do quadro parlamentar vigente, devendo consultar o segundo partido mais votado, no caso o Nova Democracia, que dispõe de três dias para responder.
O primeiro-ministro confirmou na tarde desta quinta-feira, 20 de Agosto, que submeteu o pedido de demissão ao Presidente da República, e defendeu uma nova chamada às urnas o mais rapidamente possível, em alternativa uma possível solução de governo dentro do actual quadro parlamentar. A bola está agora nas mãos de Prokopis Pavlopoulos, conservador eleito com o apoio do Syriza e do Anel.
Da Europa, as reacções foram parcas, mas no sentido convergente de esperar que uma próxima solução de governo seja comprometida com o cumprimento das condições que acabam de ser negociadas pela Grécia a troco do terceiro empréstimo em cinco anos. A primeira parte do novo resgate foi hoje mesmo transferida para Atenas.
(Notícia em actualização)