A Comissão Europeia acredita que, se o Governo grego implementar devidamente as medidas acordadas no âmbito do terceiro resgate, a economia do país deverá voltar à estabilidade e ao crescimento sustentável.

"A Comissão conclui que as medidas previstas no programa, se forem plena e atempadamente executadas, ajudarão a Grécia a regressar à estabilidade e ao crescimento de uma forma sustentável do ponto de vista financeiro e social, e contribuirão para dar resposta às necessidades e aos desafios sociais mais prementes na Grécia", refere a instituição liderada por Jean-Claude Juncker, num comunicado divulgado esta quinta-feira, 20 de Agosto.

No documento, a Comissão garante também que, enquanto parceiro nas negociações, centrou a sua atenção na justiça social do novo programa de assistência financeira.

"A Comissão, enquanto parceiro nas negociações, centrou a sua atenção na justiça social do novo programa para garantir que o ajustamento seja repartido de forma equitativa e proteja os membros mais vulneráveis da sociedade", refere o comunicado.  

Moscovici: Com o terceiro resgate, a Grécia e as instituições "abriram um novo capítulo"

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, congratula-se com o acordo final para o terceiro resgate financeiro à Grécia, que criará as condições para o aumento do "crescimento, da estabilidade, do investimento e do emprego".

"A conclusão deste programa é uma óptima notícia para a Grécia e toda a União Europeia, criando-se assim as condições para um aumento do crescimento, da estabilidade, dos investimentos e do emprego", refere Moscovici, no comunicado da Comissão Europeia, divulgado esta quinta-feira. "Ao combinar solidariedade e responsabilidade, a Grécia, os outros membros da área do euro e as instituições abriram um novo capítulo, assente em reformas, equidade e confiança partilhada".

Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia, que assinou o memorando de entendimento em nome da instituição, salienta que, com o apoio do programa, as autoridades gregas "têm a oportunidade de restaurar a confiança mútua, a estabilidade e a confiança, que são condições prévias para que a economia grega recomece a crescer".

No entanto, o responsável lembra que as autoridades gregas têm de fazer a sua parte e "implementar rapidamente as reformas acordadas", o que permitirá ao país "restaurar a competitividade e assegurar um crescimento económico sustentável".

A Comissão Europeia acredita que o novo programa de assistência financeira a Atenas, finalizado esta quarta-feira, contribuirá para dissipar as incertezas, estabilizar a situação económica e financeira, e ajudar a Grécia a regressar a um crescimento sustentável "que assenta em finanças públicas sólidas, num aumento da competitividade, num sector financeiro funcional, na criação de emprego e na coesão social".

Além disso, recorda que o desembolso dos fundos está associado aos progressos alcançados na execução das medidas acordadas, e que essa execução será monitorizada pela Comissão, em articulação com o Banco Central Europeu "e, sempre que possível, em conjunção com o Fundo Monetário Internacional", sob a forma de análises periódicas.