Revisão do modelo de funcionamento do Estado, reforma da segurança social, do sistema de justiça, da rede de saúde ou combate à corrupção e à evasão fiscal são algumas das muitas áreas cobertas pelo acordo de parceria concluído entre o governo grego e a Comissão Europeia.

Divulgado nesta segunda-feira, 26 de Outubro, por ocasião da deslocação a Atenas do vice-presidente do Executivo comunitário Valdis Dombrovskis que se reunirá com o primeiro-ministro Alex Tsipras, o acordo decorre do pedido formalizado pelo governo grego no fim de Julho, depois de a Grécia ter requerido aos europeus o terceiro programa de assistência financeira desde 2010.

"A crise económica e financeira expôs fragilidades estruturais do modelo económico da Grécia", e embora se tenham realizado progressos nos últimos cinco anos, "é preciso ir mais longe no esforço de reforma para garantir que a Grécia pode prosperar dento da área do euro", o que exige um "reforço significativo da capacidade da Grécia desencadear e administrar políticas económicas", lê-se no documento hoje divulgado.

O acordo de parceria inclui ainda uma sistematização das áreas de reforma que serão especificamente apoiadas por autoridades de outros Estados-membros. Alemanha, por exemplo, fornecerá apoio na área da energia. Holanda (promoção das exportações), Bélgica (colecta de impostos), Áustria (turismo), França (reforma do Estado central) e Finlândia (combate à corrupção) são outros países directamente envolvidos no esforço colectivo de construção de um Estado moderno na Grécia, ao qual está também associado o FMI (que continua a integrar as missões regulares de acompanhamento da troika), o Banco Mundial, OCDE e as agências da ONU na área da Saúde e do Trabalho.