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França chora mortos e ataca Estado Islâmico

Quando em Paris se fazia o luto pelas vítimas dos atentados de sexta-feira, o Governo francês cumpria a promessa e atacava o Estado Islâmico no seu reduto sírio. A União Europeia prepara agora uma reunião extraordinária para debater o problema do terrorismo.

15 de Novembro de 2015 às 22:06
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A declaração de guerra  ao Estado Islâmico, feita sábado pelo Presidente francês, Fançois Hollande, em resposta aos atentados que atingiram o coração de Paris, teve consequências práticas imediatas 48  horas depois dos ataques. Este domingo à noite, e numa altura em que o país ainda chora va os 129 mortos, o governo francês anunciou o bombardeamento aéreo do reduto do grupo terrorista ,em Raqa, no Leste da Síria, destruindo um posto de comando e um campo de treino.

O primeiro objectivo destruído era utilizado como posto de comando, centro de recrutamento jiadista e depósito de armas e munições. O segundo objectivo era um campo de treino terrorista, refere o ministro da Defesa Francês, Jean-Yves Le Drian, num comunicado citado pelas agências noticiosas.

Ainda de acordo com o comunicado, doze aparelhos, entre estes dez caças, partiram ao mesmo tempo dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia e largaram 20 bombas. "Planeado em locais previamente identificados em missões de reconhecimento realizadas por França, esta operação foi conduzida em coordenação com as forças norte-americanas",  avança ainda o mesmo comunicado.

Medo ainda marca o quotidiano de Paris
Este domingo, cerca de 48 horas depois dos ataques terroristas, houve várias pequenas explosões acidentais de origem ainda indeterminada – segundo a agência Lusa a polícia falou no rebentamento de petardos ou de uma bilha de gás numa esplanada – provocaram o pânico no centro de Paris, onde algumas centenas de pessoas prestavam homenagens às vítimas. Entre os 129 mortos há pelo menos dois cidadãos de nacionalidade portuguesa .

Informações avançadas este domingo pelo jornal New York Times, davam também conta de que um dos atacantes, de nome Ismael Omar Mostefai, de 29 anos e nacionalidade francesa, será filho de uma emigrante portuguesa e de um cidadão argelino. É algo que o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário veio colocar em causa.

Citado pela Lusa, o governante afirmou que "ele [Ismael Mostefai] não é português", adiantando não dispor de informação que permita corroborar a notícia do jornal de que a mãe do terrorista é portuguesa.

De acordo com a polícia francesa, os atentados de sexta-feira à noite, reivindicados sábado pelo Estado Islâmico, terão sido cometidos por pelo menos sete terroristas, divididos em três equipas, e organizados a partir da Bélgica, com ajuda de cúmplices em território francês.

Também domingo, o Presidente gaulês, François Hollande, terá decido manter, por três meses, o estado de emergência  que declarou para o País, segundo fontes do Palácio do Eliseu citadas pelas agências noticiosas.

Na sequência dos atentados em Paris e a pedido da França , os ministros do Interior da União Europeia vão reunir-se na próxima sexta-feira para  definir medidas que permitam reforçar a luta antiterrorista.

"Na sequência dos trágicos acontecimentos em Paris, esta reunião extraordinária vai reforçar a resposta europeia, assegurando o seguimento das medidas tomadas ", refere um comunicado oficial da presidência luxemburguesa citado pelas agências internacionais.

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