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Paris: O filme dos acontecimentos

Paris, noite de sexta-feira, 13 de Novembro, o terror andou à solta pela capital francesa, através de seis atentados reivindicados pelo exército terrorista do Estado Islâmico. Veja os acontecimentos mais marcantes dos últimos dias.

15 de Novembro de 2015 às 16:40
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Paris, noite de sexta-feira, 13 de Novembro, o terror andou à solta pela capital francesa, através de seis atentados reivindicados pelo exército terrorista do Estado Islâmico. Pelo menos 132 pessoas morreram e mais de 300 feridos, 80 dos quais em estado considerado grave. Fica o filme retrospectivo dos acontecimentos mais marcantes, de acordo com o relato feito pelo jornal francês Le Figaro.

 

Sexta-feira, 13

21:20 - Ouvem-se três explosões junto ao Estádio de França, em Saint-Denis, onde decorre o jogo amigável entre França e Alemanha, com uma assistência superior a 80 mil espectadores. Três bombistas suicidas fazem-se explodir junto à entrada do recinto desportivo. Viria a saber-se, já no sábado, dia 14, que um emigrante português, motorista de profissão e em serviço no local, seria vítima de uma das explosões.

21:25 - Rua Bichat e Alibert. Atiradores saem de um Seat Leon preto e entram no restaurante Le Petit Camboja, disparando sobre os clientes. Deixam um rasto de sangue. As autoridades contabilizam 15 mortos.

21: 32 - Rua de la Fontaine au Roi, perto da Praça da República, cinco pessoas foram mortas perto da pizzaria La Casa Nostra.

21:36 - Ouvem-se tiros de armas automáticas na Rua de Charonne, junto ao restaurante La Belle Équipe. São de novo os ocupantes do Seat Leon preto quem dispara. Matam 19 pessoas.

21:40 - Um bombista suicida faz-se explodir no Boulevard Voltaire e provoca ainda ferimentos graves num transeunte.

21:40 – Um Volkswagen Polo de cor negra chaga junto à sala de espectáculos Bataclan. Ouvem diversos disparos de armas automáticas. No interior da sala, onde decorria um concerto de rock, vários homens armados e de cara descoberta abrem fogo sobre a assistência, ao mesmo tempo que gritam "Alá Akbar". Fazem reféns os 1.500 espectadores, que durante duas horas vivem num cenário de verdadeiro horror. Uma das testemunhas citadas pelo Le Figaro refere-se a um dos terroristas como "máquina de matar", por disparar de forma metódica sobre as pessoas que se encontravam deitadas no chão da sala de espectáculos.

Há espectadores que conseguem fugir aos sequestradores. Vários deles saem com ferimentos feridos do Bataclan. Dezenas refugiam-se em prédios e habitações nas imediações.

22:30 - François Hollande, que havia sido evacuado do Estádio de França, onde assistia ao jogo particular entre a França e a Alemanha, chega ao Ministério do Interior francês, onde é inteirado da situação.

23:43 – Nos hospitais de Paris é desencadeado um plano de urgência e de crise.

 

Sábado, 14 de Novembro

00:01 - François Hollande anuncia a instauração do estado de urgência em todo o território francês e todas as fronteiras do país são fechadas.

00:15 - O Palácio do Eliseu acolhe um conselho de ministros extraordinário.


00:20 - Forças militares especiais lançam um assalto à sala de espectáculos Bataclan.

A operação termina pelas 01:11. Encontram pelo menos 89 pessoas já sem vida. Os quatro terroristas morrem durante a acção dos militares. Três deles, após accionarem os explosivos que traziam à cintura. François Hollande chega então às imediações do Bataclan, acompanhado pelo primeiro-ministro, Manuel Valls, e pelos ministros do Interior e da Justiça.

01:34 – O Conselho Francês do Culto Muçulmano condena "com o maior vigor", os "ataques odiosos e abjectos".

As autoridades francesas anunciam que houve a mobilização suplementar de 1.500 militares. Mais tarde, esse número subiria para os 3.000.

01:50 – As autoridades divulgam que o número oficial de mortos já chega a 120.

04:30 – Investigadores revelam que oito terroristas morreram durante os atentados, sete dos quais fazendo-se explodir.

10:50 – Em declaração ao país, François Hollande qualifica os atentados como "um acto de guerra e atribui a responsabilidade do sucedido ao "exército terrorista" Estado Islâmico. Anuncia também ter declarado luto nacional por três dias.

11:40 – O Estado Islâmico reivindica o atentado numa comunicação oficial através da Internet.

Domingo, 15 de Novembro
> O último balanço, ainda com números provisórios, aponta para
que os ataques tenham provocado 129 mortos e 352 feridos, 99 em estado grave.

> Os ministros do Interior da União Europeia anunciaram uma reunião de emergência para a próxima sexta-feira, 20 de Novembro. 

> As autoridades belgas revelaram que dois dos terroristas responsáveis pelos ataques em Paris na última sexta-feira tinham nacionalidade francesa e viviam na Bélgica. Estes "morreram no local" dos ataques, revelaram as autoridades que realizaram várias buscas e fizeram, pelo menos, sete detenções em Bruxelas, segundo a imprensa internacional.

> O primeiro autor dos ataques de Paris identificado pela polícia, Ismael Omar Mostefai, era filho de uma portuguesa e de um argelino, noticiou este domingo o New York Times citando o presidente da câmara de Chartres.

> O Grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), reunido este domingo e segunda-feira (15 e 16 de Novembro) em Antália, na Turquia, deverá emitir um comunicado amanhã onde se compromete a implementar medidas de forma a ajudar a reduzir a pobreza em alguns países que fomentam o extremismo. A notícia é avançada pela Bloomberg que teve acesso a um rascunho da declaração que deverá ser tornada pública na segunda-feira, após o fim dos encontros.


> No centro de Paris, junto ao Bataclan, palco dos mais sangrentos atentados de sexta-feira, registam-se este domingo à noite movimentos de pânico, com ordens da polícia para as pessoas se refugiarem, testemunhou a Agência Lusa. Nas ruas vizinhas ao Boulveard Voltaire, pessoas correram em diversas direcções, em pânico, dando conta de rumores de tiros, embora não haja ainda confirmação oficial nesse sentido.

> O presidente francês François Hollande defendeu este domingo que o estado de emergência no país, na sequência dos atentados terroristas em Paris, seja prolongado por três meses, indicaram fontes parlamentares.


> A polícia identificou mais dois dos presumíveis autores dos ataques de Paris, ambos de nacionalidade francesa e residentes na Bélgica, informou este domingo a procuradoria.

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