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Ataques a Paris recentram preocupações económicas do G20
Os problemas da economia mundial deveriam centrar as atenções do encontro dos líderes das 20 maiores economias do mundo, mas os ataques terroristas a Paris recentraram as atenções no primeiro dia de reunião.
O Grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), reunido este domingo e segunda-feira (15 e 16 de Novembro) em Antália, na Turquia, deverá emitir um comunicado amanhã onde se compromete a implementar medidas de forma a ajudar a reduzir a pobreza em alguns países que fomentam o extremismo. A notícia é avançada pela Bloomberg que teve acesso a um rascunho da declaração que deverá ser tornada pública na segunda-feira, após o fim dos encontros.
Alguns líderes do G20 consideram que o aumento das desigualdades entre muitos países representa um risco de coesão social, de acordo com a mesma fonte. E, por isso, os responsáveis deverão comprometer-se a implementar medidas que ajudem a minimizar estas diferenças.
A Bloomberg adianta que os líderes do G20 deverão assim acordar em tomar medidas para aumentar a criação de postos de trabalho e aumentar as estimativas de crescimento da economia.
"O crescimento da economia mundial é desequilibrado e fica aquém das nossas expectativas, apesar das perspectivas positivas em algumas economias", diz o documento, segundo a Reuters. "A queda da procura mundial e problemas estruturais continuam a pesar sobre o crescimento actual e potencial", adianta o mesmo documento.
Além deste comunicado deverá ainda ser publicado um segundo documento onde o terrorismo é o centro das atenções. O objectivo será o de atacar os meios de financiamento do terrorismo e apertar o controlo das fronteiras.
O início da reunião de líderes foi mesmo marcado por um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos ataques terroristas que assolaram Paris e que, segundo os dados mais recentes, vitimaram mortalmente 129 pessoas e provocaram 352 feridos, 99 dos quais em estado grave.
As mensagens dos responsáveis do G20 são de condenação dos actos. De acordo com a Reuters o presidente dos EUA, Barack Obama terá apelado a que se unam esforços de forma a eliminar de vez o Estado Islâmico da Síria.
Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, apelou também a que não se confunda refugiados com terroristas.
Do not mix refugees with terrorists - @JunckerEU urges Europe not to give in to basic reactions. #Paris #G20 https://t.co/jSav6M7tTj
— European Commission (@EU_Commission) 15 novembro 2015
À margem do G20 decorreram várias reuniões paralelas. Entres elas esteve o encontro entre Obama e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, onde os dois responsáveis concordaram sobre a necessidade de as negociações de paz para a Síria serem mediadas pelas Nações Unidas. !O presidente Obama e o presidente Putin concordaram sobre a necessidade de uma transição política síria que devia ser precedida de negociações pelas Nações Unidas, mediadas entre a oposição síria e o regime com vista a um cessar-fogo", disse o porta-voz da Casa Branca, citado pela Lusa.