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Drone de 1.900 milhões junta Londres e Paris
O projecto conjunto das autoridades britânicas e francesas pretende desenvolver o "veículo mais avançado deste género na Europa", capaz de efectuar vigilância e disparar mísseis contra alvos.
Os governos britânico e francês vão desenvolver um projecto para a construção de drones (dispositivos voadores não tripulados) militares, que pretendem que venha a ser o "veículo mais avançado deste género na Europa".
O projecto, cujo investimento ascende a 1.500 milhões de libras (1.900 milhões de euros), deverá ser apresentado esta quinta-feira, durante a cimeira franco-britânica que decorre na cidade francesa de Amiens, no norte do país, avança a Bloomberg, citando um comunicado do Governo de Londres.
O financiamento do Sistema de Combate Aéreo do Futuro ("Future Combat Air System" em inglês) será dividido entre os dois países - 950 milhões de euros cada - e contará com o envolvimento de empresas ligadas à indústria europeia da defesa e da aeronáutica, como a BAE Systems (que produz aeronaves de treino e combate), a Rolls-Royce (fabricante de motores) e a Dassault Aviation (que produz aviões como os Falcon).
De acordo com a Reuters, os aparelhos permitirão vigiar ameaças de segurança e terão a capacidade de disparar mísseis.
O comunicado acrescenta que ao projecto se segue a um estudo de exequabilidade do programa, iniciado há dois anos e avaliado em 155 milhões de euros, a que estarão associadas empresas como as britânicas Selex (filial de tecnologias de informação da italiana Finmeccanica) e Snecma (fabricante de motores para aviões e foguetões) e a francesa Thales (sistemas de aeronavegação).
França e Reino Unido são dois dos mais de 30 países envolvidos na coligação militar destinada a combater e enfraquecer as forças do Daesh, auto-denominado "Estado Islâmico", no Iraque e na Síria.