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Tsipras diz em Berlim que quer evitar terceiro resgate

O primeiro-ministro grego admitiu aos Verdes alemães que os problemas de liquidez da Grécia são grandes, mas que espera evitar pedir um terceiro resgate.

15 de Junho – Tsipras em entrevista a um jornal grego, onde anuncia que vai esperar “pacientemente” que os credores se tornem “realistas”.
“Só se podem encontrar motivos políticos na insistência dos credores em novos cortes nas pensões depois de cinco anos de saques, sob o memorando”
Bloomberg
24 de Março de 2015 às 17:32
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O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras disse aos Verdes, grupo político alemão próximo do Syrza, que os problemas de liquidez de Atenas são grandes, mas que quer evitar um terceiro pacote de resgate, segundo o que afirmou a co-presidente dos Verdes, Simone Peter, citada pela Reuters.

Alexis Tsipras prossegue nesta terça-feira, 24 de Março, o seu segundo dia de visita oficial à Alemanha. Depois de ontem ter sido recebido pela chanceler Angela Merkel, hoje esteve reunido com os Social-Democratas (SPD), parceiros na coligação de governo liderada pela CDU, e também com dirigentes de partidos mais próximos do seu, o Esquerda (Die Linke) e os Verdes. 

 

O nome e o valor do que estará a ser pensado em Bruxelas para continuar a socorrer financeiramente a Grécia saiu pela primeira vez, sem contemporização, da boca do ministro das Finanças de Espanha, em 2 de Março, depois de Alexis Tsipras ter acusado Portugal e Espanha de estarem apostados em "asfixiar" o seu governo. Nome: terceiro resgate. Valor: entre 30 e 50 mil  milhões de euros.


A informação foi tornada pública por Luis de Guindos, depois de o pedido de mais ajuda financeira ter sido discretamente apresentado por Yanis Varoufakis ao Eurogrupo na semana passada. O ministro  grego das Finanças apelou, então, para que se dê "início às conversações técnicas com vista à assinatura de um novo Contrato para a Recuperação e Crescimento que as autoridades gregas desejam entre a Grécia, a Europa e o FMI, para dar seguimento ao actual Acordo". Já se sabia que o novo governo grego não gosta de palavras como troika, programa ou memorando; soube-se então que também que prefere chamar de "contrato" ao que tem grande probabilidade de ser um terceiro resgate puro e duro.


Pouco depois das declarações de Guindos, Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia responsável pelo euro, confirmava que um terceiro programa de assistência pode ser a única opção para Atenas. "Com o governo anterior [de Antonis Samaras, Nova Democracia], estávamos a discutir como apoiar o regresso da Grécia ao financiamento dos mercado por intermédio de um programa cautelar ou de uma linha de crédito com condições reforçadas. Este cenário, no entanto, parece agora menos provável, dada a instabilidade financeira recente".

 

Dias mais tarde, em 5 de Março, Yanis Varoufakis, ministro grego das Finanças, disse, porém, que "não existem preparações para um terceiro pacote de crédito" e que "o país não precisa dele".


Desde 2010, a Grécia recebeu cerca de 240 mil milhões de euros de empréstimos no âmbito de dois resgates, essencialmente garantidos pelos países do euro. O Eurogrupo decidiu em 20 de Fevereiro aceitar o pedido grego de prolongamento por quatro meses, até ao fim de Junho, do actual, e segundo, programa de assistência financeira. Nesse âmbito, estão ainda disponíveis cerca de sete mil milhões de euros que só serão transferidos se e quando as reformas acordadas com a troika forem implementadas. É nessa fase que o Governo grego actualmente ainda está, tendo prometido que, no máximo, na próxima segunda-feira apresentará uma lista de reformas concretas. Segundo a Reuters, nos cofres gregos só existe dinheiro para pagar as despesas até meados de Abril.

 

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