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Ministro grego da Reforma Administrativa acusado de cobrar comissão a funcionários que pode recontratar

A denúncia foi avançada no domingo pelo jornal To Vima e envolve o escritório de advocacia de Katrougalos. O ministro acusa o jornal de "fraude" e nega ter actuado de forma menos ética.

28 de Janeiro – Tsipras após a primeira reunião do Conselho de Ministros

“Somos um Governo de salvação nacional. O nosso objectivo é negociar a redução da dívida”
Reuters
Negócios 24 de Março de 2015 às 15:50
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O escritório de advocacia de George Katrougalos, o agora vice-ministro do Interior e ministro grego da Reforma Administrativa, terá feito contratos com os funcionários públicos demitidos ou suspensos nos últimos anos, segundo os quais cobraria 12% dos seus rendimentos brutos se conseguisse com que estes fossem readmitidos no Estado.

 

A denúncia foi revelada na edição de domingo do jornal To Vima, que acusa George Katrougalos de conflito de interesses, por ser ele agora o responsável político por readmissões, como prometidas pelo seu partido, Syriza. Segundo o jornal, alguns desses contratos teriam sido assinado em 27 de Janeiro, data em que Katrougalos foi informado da sua nomeação ministerial.

 

O ministro contestou prontamente a notícia, considerando-a "fraudulenta" e "provocadora", acusando o jornal de não o visar a si, antes "atacar o governo onde ele tem maior vantagem: na superioridade ética face aos anteriores".

 

Katrougalos alega que deixou de advogar em Maio do ano passado, quando foi eleito para o Parlamento Europeu pelo Syriza, e que os contratos que assinou diziam respeito a disputas salariais e que, de todos os modos, a decisão de reintegrar funcionários públicos não é sua decisão, mas do Syriza. Katrougalos disse ainda que suspendeu as funções no escritório em 28 de Janeiro, e exigiu que o jornal se retratasse, algo que o To Vima não fez.

 

Pelo contrário. O jornalista que assinou o texto, e que é director da estação de rádio Vima FM, diz  ter provas documentais de que Katrougalos actuou também em conflito de interesse quando, em 2012, era assessor no Ministério da Educação e ao mesmo tempo representava instituições de ensino privadas, que faziam lóbi por reformas legislativas que as pudessem beneficiar.

 

O tablóide alemão Bild pegou esta terça-feira no caso com um artigo intitulado "Um escândalo de corrupção no governo incorruptível Tsipras". Katrougalos diz que vai também perseguir judicialmente o jornal alemão a menos que este se retrate.

 

O ministro tem recebido apoio de todo o governo grego, que considera que se tratam de casos orquestrados na imprensa para prejudicar o novo Executivo.

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