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BCE analisa hoje linha de liquidez para bancos gregos

Os membros da Comissão Executiva e os governadores dos bancos centrais do euro vão decidir se aumentam, ou não, a linha de emergência de liquidez para os bancos gregos, actualmente próxima dos 70 mil milhões de euros.

25 de Março de 2015 às 10:43
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O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) vai reunir-se para analisar a Assistência de Liquidez de Emergência (ELA, na sigla em inglês).

 

Os seis membros da Comissão Executiva e os 19 governadores dos bancos centrais do euro vão decidir se aumentam ou não a linha de emergência de liquidez para os bancos gregos.

 

A teleconferência vai ter lugar durante esta quarta-feira, 25 de Março, avança a Bloomberg.

 

Actualmente, a ELA está em quase 70 mil milhões de euros e esta linha é essencial para manter os bancos gregos à tona da água, num momento em que estão a ser afectados pela baixa liquidez, com a fuga de depósitos provocada pelo incerteza em relação ao futuro da Grécia.

 

A reunião vai ter lugar no dia em que a Grécia celebra o Dia da Independência que marca a data em que o país entrou em guerra em 1821 para ganhar a independência do Império Otomano.

 

O Financial Times avançou esta terça-feira que o BCE se prepara para impor limites à exposição dos bancos gregos à dívida helénica. Actualmente, os quatro maiores bancos do país têm nos seus cofres 11 mil milhões de euros de dívida de curto prazo, um valor próximo do montante máximo de 15 mil milhões que pode ser emitido por Atenas.

 

Mas além dos bancos, o Governo grego também enfrenta problemas de liquidez. O próximo pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) vai ter lugar a 9 de Abril quando Atenas tiver de pagar 460 milhões de euros. Nesta data, o país corre o risco de entrar em incumprimento de pagamentos, aponta o Deutsche Bank. As receitas fiscais estão em quebra e até ao momento ficaram mais de mil milhões de euros abaixo da meta prevista para este ano, diz o banco alemão.

 

O banco alemão também se debruça sobre a actual situação de liquidez dos bancos gregos e o aumento da fuga de depósitos. "O risco de controlo de capitais continua a aumentar", escrevem os economistas.

 

Depois de uma visita de dois dias à Alemanha, onde se reuniu com Angela Merkel, Alexis Tsipras regressou à Grécia e já tem novo trabalho em mãos. O primeiro-ministro grego vai procurar obter o apoio do seu partido para preparar a lista de reformas e envia-la para as instituições internacionais até ao final desta semana.

 

Alexis Tsipras vai reunir-se primeiro com o secretariado político do Syriza, com a reunião a ter lugar nos próximos dias, avança o jornal Kathimerini.

 

Depois, o líder grego vai reunir-se com o grupo parlamentar da Coligação de Esquerda Radical, onde vai tentar persuadir os 149 deputados do partido a apoiar o pacote de reformas quando forem votadas. Entre elas, poderá estar o fim da redução do IVA para as ilhas gregas.

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