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BCE impõe limites à exposição dos bancos à dívida grega

Banca grega que não estará a apoiar empresas e famílias, mas quase só financiar o Estado. Escreve o FT que no balanço dos quatro maiores bancos do país estão 11 mil milhões de euros de dívida pública de curto prazo, quase o montante máximo de 15 mil milhões que pode ser emitido pelo Governo de Atenas.

5 de Março – Draghi na conferência de imprensa após a reunião do BCE

'A última coisa que se pode dizer é que o BCE não está a ajudar a Grécia'
Reuters
24 de Março de 2015 às 19:39
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O BCE vai tornar juridicamente vinculativas as recomendações que havia endereçado aos bancos gregos em Fevereiro no sentido de impor limites à sua exposição a dívida pública helénica.

 

Escreve o Financial Times, citando fontes próximas do banco central, que o BCE está prestes a concluir que, em violação dos avisos feitos por Frankfurt, os quatro maiores bancos do país compraram o essencial da dívida que tem vindo a ser emitida pelo Governo grego.

 

Será, portanto, para esse fim que está a ser desviada a linha de financiamento de emergência (conhecida por ELA), em violação dos estatutos do BCE que o proíbem de financiar directamente Governos. Por conseguinte, serão escassos os recursos financeiros que os bancos gregos estão a disponibilizar à economia "real", empresas e famílias.

 

Escreve o FT que governo grego está perto de esgotar o limite de 15 mil milhões de euros de dívida de curto prazo (bilhetes do tesouro) imposto pela troika, e que no balanço dos quatro maiores bancos supervisionados pelo BCE estão já 11 mil milhões.

 

Desde 4 de Fevereiro, a data em que o BCE deixou de aceitar dívida pública grega como garantia nas suas operações regulares de política monetária por o Governo grego ter suspendido as negociações com a troika, que os bancos gregos se viram obrigados a obter o seu financiamento através de um mecanismo de emergência a funcionar no banco central do país, cujo limite está agora estabelecido em 69,8 mil milhões de euros. O uso da ELA é mais caro, carece de aprovação pelo BCE, e está condicionado a uma avaliação positiva sobre a solvabilidade dos bancos gregos, maioritariamente detidos pelo Estado grego, cujo rating está classificado como "lixo" por todas as agências de notação financeira.

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