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Atenas pede restituição de 1,2 mil milhões que diz ter devolvido a mais à Europa

Atenas pediu à Europa que lhe devolva 1,2 mil milhões do dinheiro da troika reservado para a recapitalização dos bancos. O envelope para banca, que estava estacionado em Atenas, regressou no fim de Fevereiro aos cofres europeus por ordem do Eurogrupo. O governo grego diz agora que enviou indevidamente dinheiro a mais.

Reuters
24 de Março de 2015 às 19:54
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O Governo grego está a pedir à Europa que lhe "devolva" 1,2 mil milhões de euros dos 10,9 mil milhões do envelope da troika reservado para a recapitalização ou resolução de bancos. Este envelope financeiro regressou, por ordem do Eurogrupo, no fim de Fevereiro aos cofres do fundo de resgate do euro. O programa de governo do Syriza assumia que usaria parte desse dinheiro para financiar as suas políticas públicas. Atenas, que está com os cofres quase vazios, alega que houve erro nas contas dessa transferência e reclama agora a devolução de 1,2 mil milhões de euros.

 

Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, já confirmou esse pedido do Governo de Atenas dirigido ao Mecanismo Europeu de Estabilidade – fundo de resgate do euro, sedeado no Luxemburgo e presidido por Klaus Regling – e pediu para que este seja rapidamente analisado.

 

Já em 10 de Março, o Governo grego anunciara que contava usar cerca de 550 milhões de euros de receitas que resultaram das comissões pagas há três anos pelos bancos pela utilização do fundo de capitalização do sector financiado pelo empréstimo da troika. Na véspera, Klaus Regling disse que não iria reclamar esse dinheiro.


Sem acesso aos mercados financeiros, que continuam a cobrar juros proibitivos, e ainda sem progressos na implementação do programa de assistência, de que depende a última tranche de 7,2 mil milhões de euros do empréstimo da troika, Atenas corre o risco de ter os cofres vazios nas próximas semanas, dado estar também a sofrer uma quebra acentuada de receitas fiscais: em Janeiro e Fevereiro, os gregos terão pago quase menos dois mil milhões de euros de impostos do que em igual período do ano passado, na expectativa de alterações ou de uma amnistia fiscal. 

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