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Bundesbank alerta para risco para estabilidade financeira de incumprimento de Atenas

O presidente do Bundesbank, o banco central da Alemanha, Jens Weidmann, advertiu para o risco para a estabilidade financeira de um incumprimento da Grécia numa entrevista à revista Focus.

Bloomberg
27 de Março de 2015 às 12:37
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"Quando um Estado-membro da União Monetária concorda que não pode cumprir as suas obrigações e suspende os pagamentos aos credores, não se pode evitar uma insolvência desordenada", segundo Jens Weidmann.

 

O presidente do Bundesbank adiantou na entrevista que "as consequências sociais e económicas seriam graves para a Grécia, e tudo menos recomendáveis". O Governo grego perdeu muita confiança, afirmou Weidmann na referida entrevista publicada esta sexta-feira, 27 de Março.

 

"Claramente os Governos dos outros países têm a impressão de que se poderia alcançar uma solução e por isso as negociações continuam. Mas já não temos muito tempo. É limitado", adiantou Weidmann. Alguns especialistas consideram que a Grécia tem meios financeiros apenas até meados de Abril.

 

Os credores internacionais querem dar mais ajuda financeira à Grécia, mas só se aplicar amplas reformas.

 

Claramente os Governos dos outros países têm a impressão de que se poderia alcançar uma solução e por isso as negociações continuam. Mas já não temos muito tempo. É limitado.
 
Jens Weidmann
Presidente do Bundesbank

Na quarta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) aumentou a quantidade que o Banco da Grécia pode emprestar aos bancos para 71.100 milhões de euros, contra 69.800 milhões de euros na semana anterior, segundo meios de comunicação que citam o banco central de Atenas.

 

O programa de provisão urgente de liquidez permite ao Banco da Grécia emprestar dinheiro às instituições financeiras do país, actualmente a uma taxa de juro de 1,5%, acima da de 0,05% a que o BCE empresta.

 

Os depósitos nos bancos da Grécia caíram para um mínimo de quase 10 anos em Fevereiro depois de terem sido retirados cerca de 8.000 milhões de euros das contas bancárias pela crescente incerteza política e as preocupações perante uma possível saída do país da zona euro. 

 

Os depósitos nos bancos gregos caíram em Fevereiro para 152.400 milhões de euros, o nível mais baixo desde Junho de 2005 e contra 160.300 milhões de euros em Janeiro, segundo dados do Banco da Grécia. 

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