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Governo diz que previsões do FMI não reflectem "desenvolvimentos" desde Janeiro
O Ministério das Finanças argumenta que as previsões para a economia, conhecidas esta sexta-feira, 1 de Abril, não levam em conta a execução orçamental "rigorosa", a colocação "bem sucedida" de dívida e a melhoria da confiança.
O Governo considerou esta sexta-feira, 1 de Abril, que as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia portuguesa (no âmbito da terceira avaliação pós-programa) que apontam para menor crescimento económico e maior défice orçamental que o esperado pelo Executivo, "não encontram apoio nos desenvolvimentos verificados desde Janeiro".
Num comunicado enviado pelo Ministério das Finanças às redacções, o Executivo sublinha que o FMI não terá levado em conta na sua análise circunstâncias como a "rigorosa" execução do Orçamento do Estado em Janeiro e Fevereiro, as idas "bem-sucedidas" aos mercados nos primeiros meses do actual Governo, bem como os dados da confiança das famílias e das empresas revelados recentemente.
Já a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) fica em 1,4% (repetindo a previsão de Fevereiro), que compara com os 1,8% estimados pelo Governo socialista para este ano e é mais pessimista que os 1,5% de evolução estimada pelo Banco de Portugal.
O Executivo diz ainda tomar "nota" da análise que o FMI faz do incumprimento das metas orçamentais de 2015, contrapondo que o programa da troika deixou por resolver "algumas das deficiências estruturais" identificadas pelo Fundo na economia. E acena com o programa nacional de reformas, apresentado esta semana, como forma de "ultrapassar estes constrangimentos", aumentar a competitividade e ao mesmo tempo manter a coesão social.
"O Governo reafirma o seu empenho para alcançar as metas traçadas, através da execução rigorosa do Orçamento do Estado para 2016 e trabalhará, de forma franca e aberta, com o FMI", refere o comunicado.
A terceira missão de monitorização pós-programa do FMI decorreu entre 27 de Janeiro e 3 de Fevereiro e os dados são conhecidos agora, 58 dias depois do fim da avaliação. A quarta vinda a Portugal da missão do FMI para analisar as evoluções depois da intervenção da troika está marcada, segundo o Ministério das Finanças, para Junho.
(notícia actualizada às 11:42 com mais informação)