O preço a que os bancos avaliam as casas para conceder crédito voltou a aumentar. O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi 1.774 euros por metro quadrado em janeiro, mais 27 euros que no mês anterior. Em termos homólogos, a taxa de variação fixou-se em 14,5%, acima dos 13,7% registados em dezembro.

Segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor atingiu um novo máximo de sempre no mês em que entrarem em vigor novos incentivos à compra da primeira casa por jovens. Além da isenção do pagamento de IMT, do imposto do selo e de emolumentos que transitou do ano passado, desde o início do ano que cidadãos até aos 35 anos têm também ao dispor uma garantia pública que facilita o financiamento a 100%.

O Centro, a Península de Setúbal e o Alentejo apresentaram os aumentos mais expressivos face ao mês anterior (1,8%), tendo-se verificado uma única descida na Região Autónoma dos Açores (-1,4%). Em comparação com janeiro de 2024, o valor mediano das avaliações cresceu 14,5%, observando-se a variação mais intensa na Península de Setúbal (14,6%), não tendo ocorrido qualquer descida.

Em termos de tipologia, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1.993 euros por metro quadrado, 15,5% superior a janeiro de 2024. Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2.641 euros) e no Algarve (2.293 euros), tendo o Alentejo apresentado o valor mais baixo (1.248 euros). A Região Autónoma dos Açores apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (19,3%) não se tendo verificado qualquer descida.

Já no caso das moradias, o valor mediano foi de 1.326 euros por metro quadrado, o que representa um acréscimo de 8,5% em relação a dezembro. Os valores mais elevados observaram-se igualmente na Grande Lisboa (2.445 euros) e no Algarve (2.376 euros), registando o Centro e o Alentejo os valores mais baixos (1.029 euros e 1.064 euros, respetivamente). A Região Autónoma da Madeira apresentou o maior crescimento homólogo (11,7%) e, também neste caso, não se registou qualquer descida.

O INE indica ainda que, para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de janeiro de 2025, foram consideradas 35.270 avaliações (22.702 apartamentos e 12.568 moradias), mais 22,1% que no período homólogo. Em comparação com o período anterior, realizaram-se menos 1.901 avaliações bancárias, o que corresponde a um decréscimo de 5,1%.

(Notícia atualizada às 11:25)