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Comissários europeus aconselhados a usar telemóveis descartáveis nos EUA

Por receios de espionagem, alguns responsáveis de topo da UE receberam instruções para utilizar equipamentos básicos nas viagens aos EUA, avança o FT. Medida aplica-se já nas reuniões Banco Mundial-FMI, onde vai participar Maria Luís Albuquerque.      

LUSA_EPA
14 de Abril de 2025 às 17:27
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A Comissão Europeia está a atribuir telemóveis descartáveis e computadores portáteis básicos a alguns responsáveis que se deslocam aos EUA para evitar o risco de espionagem, de acordo com o Financial Times, uma medida que normalmente é aplicada nas viagens à China ou Ucrânia.

O jornal exemplifica que os comissários e responsáveis seniores que vão viajar para as reuniões de primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) já receberam as novas instruções, citando fontes conhecedoras do assunto.

  

Entre os três comissários que vão viajar para Washington no âmbito das reuniões, que decorrem entre 21 e 26 de abril, está Maria Luís Albuquerque, a comissária europeia para os Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos, que estará acompanhada de Valdis Dombrovskis, que tutela a Economia, e Jozef Síkela, que tem a pasta das Parcerias Internacionais.

A Comissão confirmou ao Financial Times que as indicações de segurança foram atualizadas recentemente, mas não comentou os pormenores específicos, e que os serviços diplomáticos foram envolvidos nas atualizações de segurança. A Casa Branca e o Departamento de Estado não responderam a pedidos de comentário.     

As fontes indicam que as medidas são semelhantes às aplicadas nas viagens à Ucrânia e à China, países para os quais não podem ser enviados os equipamentos normais de informática e comunicações devido aos receios de espionagem russa ou chinesa. "Receiam que os EUA entrem nos sistemas da Comissão", refere uma das fontes citadas pelo FT.  

 

As restrições à utilização de equipamentos surge num momento em que os EUA e a UE discutem várias questões sensíveis, como a guerra na Ucrânia e as tarifas comerciais, pelo que os receios sobre a recolha de informações estão elevados, sobretudo numa ea de desconfiança mútua. "A aliança transatlântica terminou", refere um dos responsáveis europeus.      

 

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