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Margem de refinação da Galp sobe 7% mas ainda é metade de há um ano
Margem de refinação da petrolífera aumentou para 5,6 dólares por barril nos primeiros três meses do ano face ao trimestre anterior. Mas ainda é menos de metade do que era no período homólogo.

No primeiro trimestre de 2025 a Galp viu a margem de refinação subir 7% para 5,6 dólares por barril de petróleo face aos três meses anteriores. O valor é, ainda assim, menos de metade dos 12 dólares que tinha no mesmo período de 2024.
Os dados constam do "trading update" da companhia, comunicado nesta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A produção foi de 104 mil BOE (sigla inglesa para a expressão "barrel of oil equivalent"), caindo 4% na comparação com o período homólogo e 3% na evolução em cadeia.
O volume de matéria-prima processada caiu 4% na comparação com o período homólogo e 3% face a dezembro de 2024.
A venda de produtos petrolíferos aumentou 2% face a março de 2024 para 1,6 milhões de toneladas mas caiu 10% na evolução em cadeia.
Já as vendas de gás natural cresceram 13% face ao valor registado há um ano e 9% face a dezembro.
A faturação de eletricidade disparou 17% na comparação homóloga e 11% face ao trimestre anterior. Atingiu 2 TWh.
Nas renováveis, a capacidade instalada aumentou 8% face a março de 2024. É agora de 1,5 GW. O preço de venda desta energia subiu 23% para 70 euros por MWh.
Lucro de 961 milhões, dividendos de 0,62 euros por ação
Na sessão desta segunda-feira, a Galp fechou com um ganho de 0,04% para 12,73 euros, depois de o Mediobanca ter revisto em alta a recomendação e "target" da petrolífera. A capitalização bolsista da empresa é de aproximadamente 8,85 mil milhões de euros.
O "trading update" foi publicado já depois do fecho do mercado.
Os resultados da Galp no primeiro trimestre deste ano serão publicados no dia 28 de abril. Em 2024 o lucro foi de 961 milhões de euros, 4% abaixo dos 1.002 milhões de euros alcançados em 2023.
A petrolífera vai propor aos acionistas a redução do capital social até 9%, por extinção de ações próprias. A assembleia-geral de acionistas está agendada para o dia 9 de maio.
Na mesma reunião irá também submeter a votação a distribuição de dividendos de 0,62 euros por ação. Na convocatória lembrou que "distribuiu, a título de adiantamento de lucros do exercício de 2024, o montante de 212.401.368,20 euros correspondente a 0,28 euros por ação em circulação", pelo que avança com um valor adicional de 0,34 euros por título, totalizando os 0,62 euros por ação.
A liderança executiva da companhia está a cargo de dois co-CEO interinos - Maria João Carioca e João Diogo Silva – depois do ex-presidente executivo Filipe Silva e ter demitido na sequência de uma denúncia sobre uma relação com uma diretora sua subordinada na empresa.