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Cristas vê com preocupação alerta do FMI sobre plano de contingência

A líder do CDS-PP vê com preocupação o alerta do FMI segundo o qual Portugal precisa de um "plano de contingência" para cumprir o défice, insistindo que as medidas do Governo não favorecem o crescimento económico.

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01 de Abril de 2016 às 14:32
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou hoje que o défice ficará nos 2,9% do PIB este ano, acima da meta do Governo, sem medidas adicionais, defendendo por isso um "plano de contingência" que inclua adiar o fim dos cortes salariais e da sobretaxa, tendo entretanto o Executivo considerado que estas previsões vão contra os desenvolvimentos verificados nas contas públicas desde Janeiro.


"Ouvi com preocupação, como também ouvi há dois dias o alerta do Banco de Portugal dizendo que o crescimento ficaria nos 1,5%. Hoje é o FMI que refere 1,4%. Obviamente que isto nos deixa preocupados", disse Assunção Cristas aos jornalistas depois de uma reunião com a CGTP.


Na opinião da líder centrista, estes alertas confirmam aquilo que "o CDS tem vindo sempre a dizer, que as medidas que o Governo anda a adoptar não são medidas que favoreçam o crescimento económico e a criação de emprego que todos nós desejamos".


O CDS-PP promete, por isso, manter os alertas e "propor sempre um caminho alternativo".


"As medidas que são tomadas por este Governo, sem gradualismo, sem pesar as consequências, muitas vezes pondo em causa um clima de confiança no que diz respeito ao país, essas medidas que têm vindo a ser tomadas não ajudam a criar um clima favorável à criação de investimento, de emprego e de riqueza", criticou.


Sobre os números da taxa de desemprego que foram hoje conhecidos - aumentou 0,2 pontos percentuais em Fevereiro, face a Janeiro, para os 12,3% - Assunção Cristas considerou que se Portugal não conseguir "ter condições para que as pessoas possam investir, para que possa criar riqueza e postos de trabalho com isso", certamente não haverá "desemprego a diminuir, o emprego a aumentar, a criação de riqueza a existir e com isso mais direitos a poderem ser afirmados ao conjunto da população portuguesa".


A reunião que hoje Assunção Cristas manteve com a CGTP insere-se num conjunto de encontros que tem mantido com os partidos e parceiros sociais desde que foi eleita presidente do CDS a 13 de Março, tendo estado hoje reunida cerca de uma hora com o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.  

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