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Montepio: Crescimento do PIB acelerou no primeiro trimestre
As estimativas do Departamento de Estudos do Montepio apontam para que o PIB tenha crescido entre 0,4% e 0,6%, impulsionado pelo consumo privado.
A economia portuguesa terá crescido entre 0,4% e 0,6% no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma aceleração face ao verificado nos três meses anteriores (crescimento em cadeia de 0,2%).
A estimativa foi avançada esta segunda-feira, 4 de Abril, pelo Departamento de Estudos do Montepio e tem por base indicadores económicos divulgados recentemente.
Estima-se que "o sector industrial tenha suportado a economia e que as vendas a retalho tenham suportado o consumo privado, neste último caso de forma bastante vigorosa", refere o relatório publicado esta segunda-feira, acrescentando que "as vendas de automóveis novos de passageiros também observaram uma forte subida no trimestre, suportando igualmente o consumo privado no primeiro trimestre".
Esta visão vem contrariar as últimas indicações destacadas pelo FMI, que no final da semana passada assinalou que o consumo privado estava a perder ímpeto, perspectivando por isso um crescimento mais modesto da economia portuguesa em 2016 (1,4%).
As estimativas do Montepio são mais optimistas, continuando a apontar para um crescimento do PIB de 1,7% em 2016, acima dos 1,5% previstos pelo Banco de Portugal e abaixo do previsto pelo Governo (1,8%). Em 2015 o PIB cresceu 1,5%.
Quanto à estimativa para o primeiro trimestre do ano, o Montepio destaca que é inferior ao "sugerido pelo indicador de sentimento económico (ESI), que, em Março, estabilizou em níveis muito próximos dos máximos desde Janeiro de 2008 observados em Abril de 2015, sinalizando uma forte subida de 0,7% do PIB no trimestre".
A contribuir para a aceleração da economia portuguesa no primeiro trimestre terá também estado o regresso do investimento a taxas de crescimento positivas. No quarto trimestre a formação bruta de capital fixo tinha recuado 1,6%.
No conjunto do ano as estimativas do Montepio apontam para um crescimento do investimento entre 3 e 4%. O consumo privado deverá crescer 2%, o consumo público deverá crescer em linha com o registado o ano passado (+0,8%) e as exportações líquidas deverão ter um contributo sensivelmente nulo.