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Economia portuguesa fecha 2015 com excedente de 1,1%
A economia portuguesa terminou o ano passado com uma capacidade de financiamento equivalente a 1,1% do produto interno bruto (PIB). Isto é, tudo somado, Estado, famílias e empresas pouparam mais do que aquilo que gastaram ao longo de 2015.
O valor representa uma ligeira quebra face a 2014, quando o indicador se tinha fixado nos 1,4%. Recorde-se que, antes do resgate a Portugal, o país apresentava necessidades de financiamento superiores a 7% (o valor mais negativo foi observado no terceiro trimestre de 2008, com -11,7% do PIB).
Este indicador, publicado esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), traduz a capacidade dos três grandes sectores institucionais – famílias, empresas e Estado – emprestarem ou pedirem emprestado a terceiros. Um valor negativo significa que têm de pedir dinheiro emprestado para se financiarem.
No caso de Portugal, este excedente de 1,1% é um reflexo de um défice de 4,4% do PIB do Estado, mas que é mais do que compensado por um excedente de 0,8% das famílias, 0,6% das empresas não financeiras e de 4,2% das sociedades financeiras.
O último trimestre de 2015 trouxe algumas novidades significativas. Por exemplo, as necessidades de financiamento Estado aumentaram 1,3 pontos percentuais face ao trimestre anterior, essencialmente devido à operação Banif. Ao mesmo tempo, o excedente do sector financeiro deu um salto expressivo, de 2,2% para 4,2% do PIB.
Entre as empresas não financeiras, a capacidade de financiamento praticamente não se alterou (passou de 0,5% para 0,6%), enquanto as famílias e instituições sem fins lucrativos viram a essa capacidade cair de 1,6% para 0,8% do PIB.
(Notícia actualizada às 11h35)