O West Texas Intermediate baixou dos 30 dólares. Quebrou o patamar por breves instantes, mas quebrou, acentuando a tendência de queda que já se prolonga há vários meses. Uma descida expressiva que levou os preços para mínimos de mais de uma década que, acreditam os analistas, poderá não ter terminado. Cresce o número de vozes a apontarem para os 20 dólares, mas há um analista que diz que o barril pode mesmo chegar aos 10.

29,97 dólares. Foi este o mínimo alcançado pelo barril de crude negociado no mercado norte-americano. Tocou em níveis a que não chegava desde Dezembro de 2003, arrasando muitas das previsões dos analistas. Mas não de todos. O Morgan Stanley foi um dos mais recentes a admitir que os preços da matéria-prima poderiam continuar a cair. E alertou que o barril pode mesmo recuar até aos 20 dólares por barril.

Mas já antes outros bancos de investimento tinham alertado para esta possibilidade. É o caso do Citi. "Os 20 dólares é algo de que temos vindo a falar", diz Ed Morse, recordando uma nota emitida a 9 de Fevereiro de 2015. "Quando vemos uma queda de 10 dólares no preço e o WTI está a negociar ligeiramente acima dos 30 dólares, a probabilidade [de chegar aos 20 dólares] é bastante elevada", afirmou Morse, citado pela Bloomberg.

"Claramente o mercado não conseguirá manter os preços abaixo de 30 dólares por muito tempo. A questão é por quanto mais tempo" conseguirá, diz o analista do Citi. Para o Standard Chartered, os 30 dólares não são o fundo. Pode baixar dos 20, mas vai ainda mais longe ao afirmar que os preços podem recuar até aos 10 dólares.

"Tendo em conta que não existe qualquer relação fundamental que conduza o mercado petrolífero novamente rumo a um equilíbrio [entre a oferta e a procura de petróleo nos mercados internacionais], os preços estão a mexer-se quase exclusivamente por fluxos financeiros provocados por flutuações noutros activos financeiros, incluindo o dólar e os mercados de acções", diz o Standard Chartered.