Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Analistas antecipam "longas negociações" entre o Estado e a REN e Galp

O BESI diz-se "surpreendido" com a recusa da Galp e da REN em pagar a contribuição, mas também com o facto de a EDP pagar a taxa, não se juntando às outras empresas. O BPI antecipa "longas negociações" entre o Estado e a REN.

1039 – Galp Energia – A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva surge na posição 1.039 da lista, sendo a segunda maior cotada portuguesa. Perdeu 195 posições face ao “ranking” de 2014.
Bloomberg
18 de Novembro de 2014 às 11:14
  • 23
  • ...

As unidades de investimento do Novo Banco e do BPI pronunciaram-se esta terça-feira, 18 de Novembro, sobre a recusa quer da Galp quer da Redes Energéticas Nacionais (REN) em pagarem a contribuição extraordinária sobre o sector eléctrico. Quer o BESI quer a unidade de "research" do BPI têm reacções diferentes sobre este caso.

 

"O Governo vai enfrentar uma batalha legal contra duas das maiores empresas do sector eléctrico", antecipam os analistas Felipe Echevarria e Filipe Rosa na nota à qual o Negócios teve acesso. O BESI realça que para a Galp, a taxa corresponde a "menos de 1%" da capitalização bolsista. No caso da REN o pagamento desta contribuição representa uma "redução dos lucros em 20%". A empresa de distribuição de electricidade é a "mais afectada com esta taxa", defendem os analistas.

 

Em comum às duas empresas está a "surpresa" dos analistas do BESI. As duas empresas "já tinham aprovisonado" os montantes necessários para o pagamento da contribuição sobre o sector eléctrico. 35 milhões de euros no caso da petrolífera e 25 milhões de euros no caso da empresa responsável pela distribuição de electricidade do país, cuja recusa "estará ligada ao alargamento do pagamento da taxa para 2015".

 

Apesar de contestar a taxa, fonte oficial da EDP confirmou na segunda-feira que a eléctrica liderada por António Mexia procedeu ao pagamento da contribuição, que deverá ascender a 61,2 milhões de euros. Mais uma "surpresa" para os analistas da unidade de "research" do Novo Banco. "Esperávamos que a EDP seguisse o caminho da Galp e da REN", comentam os analistas Felipe Echevarria e Filipe Rosa.

 

BPI antecipa "longas negociações" entre a REN e o Governo

 

O BPI prevê que, tendo em conta que a contribuição foi alargada para 2015, a REN deverá querer uma garantia junto do Estado de que esta contribuição não voltará a ser cobrada a partir de 2016. Após este acordo, a empresa deverá avançar com o pagamento desta contribuição, estima a equipa de analistas da unidade de investimento do BPI.

 

"Após este acordo, iremos assistir a longas negociações nos próximos meses entre o Governo" e a empresa liderada por Rui Vilar. Em todo o caso, segundo o documento, a REN quer garantir o que é "do melhor interesse dos accionistas".

 

As três empresas negoceiam em terreno positivo esta terça-feira. A EDP aprecia 0,96% para 3,26 euros, a Galp sobe 0,99% para 11,20 euros e a REN valoriza 1,07% para 2,47 euros.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

Ver comentários
Saber mais Galp EDP REN contribuição Estado analistas
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio