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Ryanair critica a Vinci e apela à utilização do aeroporto do Montijo

Michael O’Leary, presidente executivo da Ryanair, criticou a actuação dos franceses da Vinci no aeroporto de Lisboa, dizendo que a companhia aérea não cresce mais em Portugal devido às restrições da Vinci. "Libertem-se desta conspiração francesa", disse o executivo.

02 de Setembro de 2015 às 14:28
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O presidente executivo da Ryanair criticou esta quarta-feira, 2 de Setembro, numa conferência de imprensa em Lisboa, a actuação da Vinci, a empresa que gere o aeroporto da Portela. Michael O’Leary diz que os franceses restringem o crescimento da companhia e, para quebrar esta amarra, pedem para utilizar o aeroporto do Montijo. 

 

Michael O’Leary criticou assim a gestão do aeroporto da Portela por parte dos franceses da Vinci. Segundo o presidente executivo da Ryanair, Portugal continua a ser mal servido no que toca a rotas aéreas e o grande responsável é o aeroporto de Lisboa. "Há apenas 14 voos por hora no aeroporto da Portela e o tráfego podia ser de 54 voos por hora. Até Dublin tem 48 voos por hora", referiu o presidente.

 

O’Leary diz mesmo que a Vinci restringe deliberadamente o movimento de voos e recusa-se a baixar as taxas aeroportuárias: "A única interpretação é que a Vinci não quer fazer crescer o aeroporto e, assim, não deviam aumentar as taxas". A Vinci não aumenta o aeroporto de Lisboa "para evitar a concorrência", afirmou o presidente da transportadora.

 

"A Vinci serve os interesses franceses e não os portugueses. Levantem-se, libertem-se da conspiração francesa", disse disse Michael O’Leary.

 

Esta já não é a primeira vez que o CEO da Ryanair critica a Vinci. Já em Setembro do ano passado, Michael O’Leary dizia que o modelo de gestão do aeroporto da Portela "é comunista e tem os dias contados".

 

Para o presidente da Ryanair, a solução para aumentar o tráfego aéreo em Lisboa é começar a utilizar o aeroporto do Montijo. "Portugal tem um excelente aeroporto no Montijo que não é utilizado", diz Michael O’Leary. O executivo diz que "seria benéfico para a TAP e para a Ryanair que Lisboa tivesse dois aeroportos concorrentes."

 

"Queremos investir em Lisboa, mas, neste momento, estamos bloqueados pela Portela", disse o presidente da Ryanair. "O mercado de Lisboa pode crescer mais se tiver mais um aeroporto", concluiu.

 

Neste momento a Vinci é o maior problema para a Ryanair em Lisboa, por isso, o executivo diz que "o aeroporto do Montijo tem de ser gerido por outros que não a Vinci" e que ficaria satisfeito se a Ryanair tivesse a oportunidade de o gerir.

Quando questionado sobre se as eleições legislativas de Outubro podem influenciar o processo do aeroporto do Montijo, o presidente referiu que "as eleições influenciam o processo porque ninguém toma decisões. Presumo que, depois das eleições e quando houver um novo Governo, vão surgir novidades em relação ao assunto".

 

Já em relação à presença da companhia na ilha Terceira, O’Leary diz que ainda não conseguiu uma resposta do governo. "Propusemos servir a Terceira através de Lisboa, mas o governo rejeitou a nossa proposta. Só se pensa nas eleições", disse Michael O’Leary.

 

Privatização da TAP foi boa para a transportadora portuguesa 

 

Em relação à privatização da TAP, Michael O’Leary é peremptório: "A TAP deve ser privatizada. Todas as companhias aéreas de sucesso na Europa são geridas por privados".

 

O presidente da Ryanair diz que a TAP tem todo o interesse em ser privatizada e que este é o desenvolvimento lógico para a companhia aérea nacional.

 

Ainda em relação à TAP, o presidente da companhia irlandesa diz que "não vai demorar muito até ultrapassarmos a TAP na liderança do mercado em Portugal". "O nosso crescimento só não é mais acelerado devido às restrições impostas pela Vinci no aeroporto da Portela", concluiu.

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