A Ryanair vai opor-se à proposta da ANA Aeroportos de aumento das tarifas aeroportuárias nos aeroportos portugueses. A gestora de infra-estruturas revelou esta quarta-feira, 5 de Agosto, que deu início ao processo de consulta pública nesse sentido.

A proposta da ANA prevê um aumento médio das taxas nos aeroportos nacionais de 2,93% para 2016. Em Lisboa, a subida atinge os 4,56%. A medida é justificada com o desenvolvimento do fluxo de passageiros e com a necessidade de investir 250 milhões de euros nos próximos quatro anos.

"A Ryanair opõe-se a qualquer proposta de aumento face àquilo que já são as excessivas taxas aeroportuárias [em Portugal]. Apelamos à ANA que abandone esses planos ou arrisca-se a danificar o turismo e o tráfego português", reage ao Negócios fonte oficial da companhia "low cost" irlandesa.

Apesar da meta da descida das taxas nos aeroportos comunitários ser uma bandeira tem abordado nos últimos meses enquanto membro de um grupo informal formado pelas cinco maiores companhias aéreas europeias, a Ryanair assegura que "vai dirigir as suas próprias objecções à ANA", mas espera que outros também o façam durante o processo de consulta pública.

Intitulando-se como a "segunda maior companhia aérea" a operar em Portugal, a Ryanair esclarece que, para já, a proposta da ANA não significará mudanças na sua actividade no país. Contudo, a empresa irlandesa alerta: "os aeroportos portugueses vão deixar de ser competitivos se os custos aumentarem, dado que estão em competição com os 191 aeroportos para onde a Ryanair já opera, assim como com os mais de cem aeroportos com que a companhia está em negociações".

Contrariamente a esta posição, o ministro da Economia António Pires de Lima considerou esta quarta-feira, 5 de Agosto, que as taxas aeroportuárias em Portugal são "muito competitivas".